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Opressão de Israel contra prisioneiros pode levar a protestos, alertam experts

Ato em frente ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha em solidariedade aos prisioneiros palestinos nas cadeias de Israel, na Cidade de Gaza, 7 de fevereiro de 2022 [Ali Jadallah/Agência Anadolu]

A decisão de aumentar restrições aos prisioneiros palestinos mantidos nas cadeias de Israel deve alimentar uma nova confrontação aberta entre os detentos e o serviços carcerários do estado sionista, advertiu nesta segunda-feira (21) o jornal Al Resalah.

“A situação nas prisões israelenses, onde os palestinos vivem sob condições precárias de encarceramento, está em ebulição”, afirmou Hassan Abed Rabbo, porta-voz da Comissão Palestina para Assuntos dos Prisioneiros e ex-Prisioneiros.

Abed Rabbo observou que “todas as organizações faccionárias dentro das cadeias israelenses foram dissolvidas” e que a situação deve levar a confrontos em larga escala.

Abed Rabbo destacou a pressão imposta por novas sanções e multas contra os prisioneiros.

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Segundo o oficial palestino, também ex-prisioneiro, a Penitenciária de Nafha “é uma panela de pressão há duas semanas, quando os prisioneiros foram privados de sua recreação diária”.

Abdullah Qandil, chefe do Departamento de Assuntos dos Prisioneiros da Associação Waed, comentou a situação: “As prisões israelenses vivenciam uma escalada sem precedentes”.

Qandil insistiu que as tensões em Nafha podem espalhar-se a outras penitenciárias.

“Abolir as organizações faccionárias dentro das cadeias significa que todo prisioneiro tem a escolha de lutar por seu direito como bem entender”, reafirmou Qandil. “Isso levará a uma onda de agressões contra os prisioneiros”.

O Serviço Penitenciário de Israel (SPI) cortou acesso a água e eletricidade em Nafha, situada no deserto. “Este é um alarme de que a repressão israelense já começou”, apontou Qandil.

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