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Israel propõe cortar tempo de estudo de judeus ortodoxos para integrá-los à mão de obra

Ministro das Finanças de Israel Avigdor Lieberman durante reunião semanal do governo, em Jerusalém ocupada, 13 de fevereiro de 2022 [Menahem Kahana/AFP via Getty Images]

O Ministro das Finanças de Israel Avigdor Lieberman propôs nesta terça-feira (15) cortar o tempo de estudo de judeus ultra-ortodoxos pela metade, a fim de antecipar sua entrada no mercado de trabalho, segundo informações da imprensa local. Em contrapartida, as famílias manterão o recebimento de seus subsídios religiosos, como ocorre atualmente.

Lieberman sugeriu anteriormente instituir como requisito aos subsídios públicos destinados à infância que ambos os pais estejam empregados.

Muitas famílias ortodoxas são bastante numerosas e costumam ser geridas por uma matriarca. Segundo estimativas oficiais, 78% das mulheres são empregadas.

Lieberman, notório por posições políticas de extrema-direita, fez sua recomendação após um alerta de economistas de que o orçamento público pode ser afetado a longo prazo, caso judeus ortodoxos não sejam integrados à mão-de-obra.

ASSISTA: Judeus ortodoxos protestam contra o sionismo em Jerusalém

Analistas preveem que a população ultra-ortodoxa do estado sionista cresça de 12.6% em 2021 a 32% em 2065. Lieberman, no entanto, já entrou em confronto com líderes e representantes políticos da comunidade.

Segundo a Reuters, o chefe de um dos partidos religiosos, Moshe Gafni, respondeu ao plano ao descrever o ministro como “grande idiota”. Outras figuras ortodoxas alegam que Lieberman não se importa com o bem-estar da comunidade. O ministro, não obstante, insiste querer ajudar as crianças ortodoxas, enquanto sua liderança “quer mantê-las na miséria”.

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