Israel afirmou ao governo do presidente Joe Biden que não pretende se opor ao retorno dos Estados Unidos à sua participação plena na Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), segundo informações da agência Axios.
Conforme os relatos, oficiais da Casa Branca pediram a Tel Aviv para não contrapor a decisão, durante conversas de bastidores, com o objetivo de reagir à gradual influência da China.
Em 2017, ainda durante o mandato do presidente republicano Donald Trump, o governo em Washington deixou a agência da ONU ao acusá-la de enviesamento contra Israel.
A gestão democrata, portanto, depende do aval israelense para convencer o parlamento a aprovar um projeto de lei para que o presidente retome as doações à Unesco.
O retorno à agência abre caminho para que o Congresso dos Estados Unidos vote sobre o envio de mais de US$500 milhões, para quitar dívidas na instituição especializada das Nações Unidas, a fim de reaver seu status como membro integral.
“É algo muito importante para o governo Biden e não é a mesma Unesco”, alegou um oficial israelense à agência Axios. “Recebemos garantias de que Israel não será tratado como antes”.
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