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Líbano pede a doadores que financiem suas embaixadas

O governo libanês encaminhou uma circular a suas missões estrangeiras para requisitá-las a encontrar doações para cobrir gastos, incluindo remuneração das equipes

Em meio ao colapso econômico e sem recursos para pagar os salários de diplomatas e outros funcionários, o governo do Líbano emitiu uma circular a suas embaixadas para requisitá-las a encontrar doadores para cobrir gastos operacionais.

Segundo informações da agência de notícias Reuters, o gabinete libanês considera fechar suas missões no exterior, caso não encontre soluções para a crise financeira.

A circular encaminhada em 25 de janeiro solicitou às representações estrangeiras que encontrassem doações da comunidade na diáspora, conforme prazo de duas semanas.

A chancelaria em Beirute estuda fechar diversas embaixadas e consulados “como medida emergencial adotada por estados assolados por crises semelhantes”.

Questionado sobre o conteúdo do documento e a situação fiscal de sua política externa, o ministério, no entanto, não respondeu imediatamente aos jornalistas.

Duas fontes diplomáticas confirmaram à Reuters que os funcionários das missões estrangeiras não receberam o pagamento referente ao mês de janeiro. Segundo um dos relatos, o governo prometeu pagá-los na próxima semana.

82% da população libanesa vive na pobreza, conforme estimativas de 2021

O Líbano enfrenta a pior crise financeira na história, como descreveu o Banco Mundial. Desde 2019, a maior parte das reservas foram esgotadas, levando à escassez de dólares e à perda de 90% do valor da moeda nacional.

Em dezembro, o ministro Abdallah Bou Habib prometeu implementar um plano para cortar gastos, incluindo aluguéis, salários e viagens. Segundo suas informações, a economia pode chegar a US$18 milhões, de um total de US$95 no orçamento da pasta.

LEIA: Enviado do Vaticano acusa políticos libaneses de lucrar com o sofrimento do país

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