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Gritos de ‘Palestina, do rio ao mar’ serão referidos à polícia, afirma ministro britânico

Durante conferência sobre antissemitismo convocada pelo Departamento de Educação, Zahawi defendeu a repressão das universidades contra ativistas pró-Palestina, ao acusá-los de apoiar o Hamas de maneira velada. O grupo islâmico governa de facto a Faixa de Gaza sitiada.

No último ano, uma emenda ao Ato de Terrorismo promulgado em 2000 foi aprovada para banir o Hamas em sua totalidade no Reino Unido, sob pretexto de um surto de antissemitismo entre a população britânica. Previamente, apenas seu braço militar era proibido no país.

“Qualquer forma de antissemitismo ou preconceito que promova o assassinato do povo judeu é, como vejo, antissemita e, portanto, devemos agir sobre isso”, declarou Zahawi. “Trata-se de uma organização clandestina e seu apoio deve ser reportado à polícia”.

O slogan — que refere-se ao território histórico da Palestina, entre o Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo — é oportuna e equivocadamente associado ao Hamas e denunciado por supostamente promover a “destruição de Israel”.

LEIA: Professora palestina é suspensa de universidade no Reino Unido, acusada de ‘antissemitismo’

Ativistas, no entanto, reafirmam que trata-se de um chamado para a criação de um estado secular e democrático nas terras nativas do povo palestino.

O governo britânico de Boris Johnson, todavia, pressiona instituições, sobretudo universidades, para adotar a controversa definição de antissemitismo da Aliança Internacional de Memória do Holocausto (IHRA), que busca vincular o racismo antijudaico a críticas ao Estado de Israel.

Durante a conferência, Zahawi defendeu a definição da IHRA como “essencial, não opcional” e urgiu reitorias em todo o país a adotarem uma resolução neste sentido.

Até então, 95 universidades britânicas aprovaram a definição. Zahawi, porém, ameaçou as instituições remanescentes de sanções avalizadas pelo órgão regulador de seu ministério.

Publicado originalmente em Middle East Eye

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