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Facções palestinas condenam nova agressão israelense à Mesquita de Al-Aqsa

18 de janeiro de 2022, às 14h25

Forças israelenses vistas em frente ao Domo da Rocha, dentro do Complexo da Mesquita Al Aqsa, em Jerusalém, em 10 de setembro de 2021 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

O Movimento de Resistência Islâmica Palestina condenou, na segunda-feira, a mais recente agressão israelense contra a santidade da Mesquita Al Aqsa na Jerusalém ocupada. O Hamas fez seu comentário em resposta à aprovação do gabinete israelense de um plano de US$ 35,4 milhões para atualizar a infraestrutura do Muro das Lamentações na Cidade Velha ocupada.

De acordo com o Times of Israel, o plano visa incentivar mais visitas ao local, melhorando a acessibilidade do transporte público, desenvolvendo novos programas educacionais e dando continuidade aos projetos de desenvolvimento existentes.

“O Muro das Lamentações é um dos locais mais sagrados e importantes para o povo judeu, e milhões de pessoas de todo o mundo o visitam regularmente”, disse o primeiro-ministro, Naftali Bennett. “O plano de cinco anos que acabamos de aprovar no gabinete continuará a melhorar a infraestrutura necessária para o local e ajudará a incentivar a chegada de muitos mais visitantes.”

O Muro das Lamentações faz parte do Nobre Santuário de Al Aqsa, que é o terceiro local mais sagrado do Islã, não apenas para os muçulmanos palestinos, que o chamam de Muro de Al-Buraq. “Esse plano é uma violação flagrante contra um dos lugares mais sagrados para muçulmanos e palestinos”, destacou o Hamas.

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As outras facções palestinas, incluindo a Jihad Islâmica e a Frente Popular para a Libertação da Palestina (DFLP e FPLP, respectivamente), emitiram condenações semelhantes à ação israelense. Essa contínua agressão israelense aos locais sagrados palestinos provoca os palestinos e “pode desencadear uma nova intifada”, disse a FPLP.

“A questão da Mesquita de Al-Aqsa é sensível aos palestinos”, explicou o grupo. Ele lembrou as autoridades de ocupação israelenses sobre a Revolta de Al-Buraq em 1929, quando imigrantes judeus realizaram a primeira oração pública no local nos tempos modernos.