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Prisioneiros palestinos juntam-se em greve de fome coletiva nas cadeias de Israel

Protesto pela libertação de Nasser Abu Humaid, paciente com câncer de 49 anos, além de outros palestinos doentes nas cadeias de Israel, em frente ao escritório do Comitê Internacional da Cruz Vermelha na Cidade de Gaza, 9 de janeiro de 2022 [Mustafa Hassona/Agência Anadolu]

Prisioneiros palestinos em custódia de Israel decidiram lançar uma greve de fome coletiva a partir desta segunda-feira (17), em protesto contra a recusa da ocupação em libertar Nasser Abu Hamid, paciente com câncer de 49 anos, em estado de coma.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

“Os prisioneiros promoverão uma greve de fome de um dia para protestar contra a negligência médica imposta ao prisioneiro doente Nasser Abu Hamid, a fim de exercer pressão para libertá-lo”, declarou o Escritório de Informações sobre os Prisioneiros.

Abdul Latif al-Qanou, porta-voz do Hamas, conclamou grupos internacionais de direitos humanos a intervir imediatamente pela soltura de Abu Hamid, a fim de salvar sua vida.

“A negligência israelense sobre a deterioração de saúde de Abu Hamid, apesar de seu câncer e de estar em coma há onze dias, reflete a brutalidade da ocupação e sua frequente violação das leis e convenções internacionais”, declarou al-Qanou.

Preso em 2002, Abu Hamid é um dos cinco palestinos sob pena perpétua nas cadeias da ocupação — condenado a sete prisões perpétuas. Outros prisioneiros apelam ao Serviço Penitenciário de Israel para que possam visitá-lo antes de seu falecimento.

Segundo organizações de direitos humanos, há atualmente 4.600 palestinos nas penitenciárias de Israel, muitos dos quais sob detenção administrativa — isto é, sem julgamento ou acusação. Em torno de 600 prisioneiros são também pacientes com câncer.

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