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Ataques conduzidos por aviões russos em Idlib deixam 300 mil civis sem água

Ruínas de um centro de distribuição de água após ataques aéreos em Idlib, Síria, 2 de janeiro de 2022 [İzzeddin Kasim/Agência Anadolu]

Aviões militares da Rússia bombardearam uma estação de bombeamento na província de Idlib, noroeste da Síria, deixando 300 mil civis sem acesso à água, reportou o Observatório Sírio para Direitos Humanos, organização não-governamental radicada no Reino Unido.

Jatos Sukhoi lançaram bombas sobre a região no último domingo (2).

“Fontes relataram que jatos russos executaram, até então, cerca de dez ataques contra os arredores da aldeia de al-Sheikh Yusuf, além das proximidades de uma penitenciária local e da estação de tratamento de água de Sejer, que fornece recursos à cidade de Idlib e aldeias a oeste, deixando a instalação inoperante ao danificar seus encanamentos”, informou a ong.

Cemel Diyben, diretor de assuntos hídricos da província em guerra, observou que a estrutura atingida serve mais de 300 mil pessoas, segundo informações da agência Anadolu.

Ibrahim Zeer, residente de Idlib, corroborou que aeronaves russas, aliadas ao regime de Bashar al-Assad, aumentaram seus ataques contra a infraestrutura civil.

“Cerca de 300 a 400 mil pessoas serão privadas do acesso à água”, destacou Zeer. “Essas pessoas não têm qualquer poder de compra. A luta pela sobrevivência piora a cada dia”.

Nesta terça-feira (4), a Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou que Idlib continua sofrendo nas mãos de Assad e seus aliados, sobretudo a Rússia.

A província, considerada o último bastião da oposição síria, abriga cerca de 3 milhões de pessoas. Dois terços da população, no entanto, foram deslocadas a outras partes do país.

LEIA: Segundo relatório, 1.271 civis foram mortos na Síria em 2021

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