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Israel não se opõe a um ‘bom’ acordo nuclear com Irã, afirma premiê

Primeiro-Ministro de Israel Naftali Bennett (centro) e seu Ministro de Relações Exteriores Yair Lapid (à esquerda), durante reunião semanal do gabinete de governo, nas Colinas de Golã, em 26 de dezembro de 2021 [Gabinete de Imprensa do Governo Israelense/Agência Anadolu]

Israel não se opõe a um acordo entre Irã e potências globais, mas demanda um “bom acordo”, afirmou na última semana o premiê israelense Naftali Bennett.

“No fim do dia, é claro que pode haver um bom acordo e nós sabemos os parâmetros”, argumentou o premiê. “Mas é isso que esperamos acontecer na dinâmica atual? Não, porque é preciso uma postura muito mais forte dos líderes globais. Teerã tem cartas muito fracas, mas o mundo age como se se negociasse de uma posição de força”.

“Somos opositores automáticos, mas assumimos agora uma abordagem pragmática”, declarou Bennett em entrevista à rádio militar israelense. “Diferente de outros, não queremos lutar por lutar; ao contrário, buscamos construir resultados”.

No dia anterior, o Ministro de Relações Exteriores de Yair Lapid escreveu no Twitter: “Israel não se opõe a qualquer acordo. Um bom acordo é algo bom. Repudiamos um acordo que não tenha qualquer possibilidade de monitoramento real”.

“O Irã não pode se tornar um estado nuclear. Preferimos cooperar internacionalmente; porém, se necessário, agiremos sozinhos … em nome de nossa segurança”, acrescentou.

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Lapid reafirmou seu ponto de vista nesta segunda-feira (3): “O Primeiro-Ministro, o Ministro da Defesa e eu insistimos que não somos contra qualquer acordo. Um bom acordo é algo bom. Há uma discussão do que compreende um bom acordo. Isso tudo está sobre a mesa. O mundo, incluindo as partes envolvidas, estão nos ouvindo — incluindo nesta manhã”.

A oitava rodada de negociações nucleares em Viena teve início em 28 de dezembro.

Em 2018, o então Presidente dos Estados Unidos Donald Trump revogou unilateralmente o pacto nuclear assinado três anos antes e restituiu sanções contra Teerã, que respondeu ao reduzir seu compromisso com as restrições atômicas previstas pelo acordo.

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