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Facções palestinas condenam encontro Abbas-Gantz

O presidente palestino, Mahmud Abbas, em 25 de maio de 2021, na sede da Autoridade Palestina, na cidade de Ramallah, na Cisjordânia [Alex Brandon/POOL/AFP via Getty Images]
O presidente palestino, Mahmud Abbas, em 25 de maio de 2021, na sede da Autoridade Palestina, na cidade de Ramallah, na Cisjordânia [Alex Brandon/POOL/AFP via Getty Images]

Facções palestinas condenaram o encontro de terça-feira entre o presidente palestino, Mahmoud Abbas, e o ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, perto de Tel Aviv, informou a Agência Anadolu.

Autoridades palestinas disseram que a reunião tratou da importância de “criar um horizonte político que leve a uma solução política” de acordo com as resoluções de legitimidade internacional.

Em um comunicado na quarta-feira, o grupo Hamas disse que a reunião Abbas-Gantz foi realizada no 13º aniversário da guerra israelense de 2008 na Faixa de Gaza.

“Essa reunião provoca o povo, que é diariamente submetido a um bloqueio injusto em Gaza e a uma escalada agressiva que visa suas terras, direitos nacionais e locais sagrados na Cisjordânia e Jerusalém”, disse o comunicado.

O grupo Jihad Islâmica condenou a reunião como um “desvio perigoso do consenso nacional”.

O movimento disse que a reunião “aconteceu em um momento em que nosso povo enfrenta ataques terroristas liderados pela extrema direita israelense e implementados pelo exército sob as instruções de Gantz”.

O grupo da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) disse que a reunião “contradiz as posições e as demandas nacionais”.

“A Autoridade Palestina ainda está apostando nas negociações como a única forma de resolver o conflito”, disse a FPLP, observando que essa medida “interromperia os esforços palestinos e árabes para restaurar a unidade e mobilizar o povo para resistir aos esquemas destinados a liquidar a causa”.

Os Comitês de Resistência Popular, por sua vez, denunciaram a reunião como um “crime nacional”.

“A aposta contínua da Autoridade Palestina nas negociações e na paz com o inimigo sionista, que pratica os crimes fascistas mais hediondos contra o povo palestino, é uma tentativa de vender novamente as ilusões.”

A reunião de terça-feira foi a segunda entre Abbas e Gantz, já que se encontraram no dia 30 de agosto, na cidade de Ramallah, na Cisjordânia. Naquela época, o governo israelense disse que a reunião discutia questões de segurança e não tocava em nenhum arquivo político.

As negociações políticas entre os palestinos e Israel entraram em colapso desde 2014, devido à recusa de Israel em parar de construir assentamentos e sua não aceitação da “solução de dois Estados”.

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