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Houthis buscam deportação do embaixador do Irã no Iêmen

Houthis verificam armas em caminhões militares durante uma reunião tribal, em 1° de agosto de 2019, em Sana'a, Iêmen [Mohammed Hamoud/Getty Images]
Houthis verificam armas em caminhões militares durante uma reunião tribal, em 1° de agosto de 2019, em Sana'a, Iêmen [Mohammed Hamoud/Getty Images]

O grupo militante Houthi, que controla várias cidades iemenitas, quer deportar o embaixador iraniano do país, revelaram autoridades do Oriente Médio e do Ocidente.

De acordo com uma reportagem publicada pelo The Wall Street Journal nesta sexta-feira (17), o grupo militante xiita pediu à Arábia Saudita que autorizasse a saída do embaixador do Irã, Hassan Irloo.

No entanto, a Arábia Saudita, que impôs um bloqueio aéreo ao Iêmen, recusou-se a permitir que uma aeronave iraniana voasse ao Iêmen para transportar Irloo de volta a Teerã.

The Wall Street Journal disse que o diplomata iraniano, que foi secretamente levado para o Iêmen e posteriormente anunciado como embaixador no país, está profundamente envolvido em ajudar os houthis no planejamento do campo de batalha.

Sua influência no Iêmen reforçou uma percepção negativa no país de que Teerã está administrando os houthis, confirmaram autoridades regionais.

“Irloo se tornou um fardo para eles. Ele é um problema político”, afirmou um funcionário regional, segundo o The Wall Street Journal.

As autoridades regionais apontaram que os sauditas haviam dito aos líderes houthis que não deixariam o Irã voar até o Iêmen para pegar Irloo e que ele só poderia voar de Omã ou do Iraque em um avião.

Além disso, o The Wall Street Journal informou que a Arábia Saudita pediu aos houthis que libertassem alguns reféns sauditas de alto nível em troca de permitir que Irloo voltasse a Teerã.

O Irã e os houthis aprofundaram seus laços desde que militantes iemenitas tomaram o controle de Sana’a em 2014, nos primeiros dias da guerra. Os houthis também controlam várias cidades iemenitas.

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