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Israel prende colono que lançou granadas de atordoamento em casas palestinas

Imagem de uma rodada de granada esponja [Anthony Wallace/AFP via Getty Images]
Imagem de uma rodada de granada esponja [Anthony Wallace/AFP via Getty Images]

Um tribunal israelense proferiu ontem uma sentença de prisão de 20 meses para um colono israelense que atirou granadas de atordoamento em casas palestinas na Cisjordânia ocupada no início do ano.

O juiz israelense Hagai Tarsi também ordenou que o homem, cujo nome não foi divulgado, pague US$ 18.950 às famílias palestinas que ele atacou na vila de Sarta, resultando em fragmentos de granadas que feriram a testa de um palestino de 61 anos.

Além disso, duas mulheres, uma delas grávida, foram evacuadas para atendimento médico, informou o Haaretz.

Tarsi descreveu o ataque, que foi capturado por câmeras de segurança, como sendo realizado por “motivos e perspectivas racistas e nacionalistas”.

O Tribunal Distrital de Lod rejeitou uma barganha sob a qual o condenado receberia uma sentença de 12 meses.

Lior Amihai, diretor executivo do grupo de assistência jurídica Yesh Din que assiste as vítimas palestinas, observou que, ao não aceitar a barganha, o juiz mostrou que “a violência dos colonos contra os palestinos, onde quer que estejam, deve ter um alto preço”.

De acordo com o veredito, o adolescente, junto com outros quatro suspeitos, obteve duas granadas de atordoamento e as jogou em duas casas enquanto as famílias dormiam às 2 da manhã de janeiro.

No entanto, a sentença emitida é muito mais branda quando comparada com aquelas proferidas a menores palestinos condenados por atirar pedras – mesmo que nenhum dano seja causado – que enfrentam possíveis penas de até 20 anos de prisão.

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