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Arábia Saudita não vê propósito em se envolver com o Líbano neste momento, diz chanceler

Ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan Al-Saud, durante sua viagem a Moscou, Rússia, em 14 de janeiro de 2021 [Ministério das Relações Exteriores da Rússia / Divulgação - Agência Anadolu]

O ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita disse que o reino não planeja se envolver com o governo libanês neste momento de forma aprofundada, reiterando um apelo à classe política para acabar com a “dominação” do movimento Hezbollah, aliado do Irã, relatou a Reuters.

O Líbano está enfrentando sua pior crise diplomática com os estados do Golfo, criada pelos comentários críticos de um ministro sobre a intervenção liderada pelos sauditas no Iêmen que levou Riad a expulsar o embaixador do Líbano, retirar seu próprio enviado e proibir todas as importações do Líbano.

“Não vemos nenhum propósito útil de se envolver com o governo libanês neste momento”, disse o ministro das Relações Exteriores, Príncipe Faisal bin Farhan al-Saud, à televisão France 24 em uma entrevista transmitida no sábado, acrescentando:

“Achamos que a classe política precisa se intensificar e tomar as ações necessárias para libertar o Líbano da dominação do Hezbollah e, ​​por meio do Hezbollah, o Irã”.

A Arábia Saudita ficou irritada com uma entrevista na qual o ministro da informação recém-nomeado do Líbano, George Kordahi, defendeu os Houthis do Iêmen, alinhados ao Irã, e disse que o Iêmen estava sendo submetido a agressão externa.

LEIA: Líbano: Kordahi se demitirá se o Golfo garantir fim da crise diplomática

Kordahi disse que a entrevista foi gravada antes de ele se tornar ministro e se recusou a pedir desculpas ou renunciar.

O líder do Hezbollah na semana passada descreveu a reação de Riad aos comentários do ministro da informação George Kordahi como “exagerada” e acusou a Arábia Saudita de buscar uma guerra civil no Líbano.

Riad, há muito presa em uma rivalidade por influência regional com o inimigo Irã, disse que suas ações foram motivadas não apenas pelos comentários de Kordahi, feitos antes da formação do gabinete, mas sim por sua objeção ao peso crescente do Hezbollah na política libanesa.

Os Estados do Golfo eram doadores tradicionais de ajuda ao Líbano, mas, consternados com a expansão do poder do Hezbollah, não querem ajudar a resgatar o Líbano de uma crise econômica devastadora, enraizada em décadas de corrupção e má administração.

LEIA: Hezbollah quer que sauditas se desculpem por crise gerada após declarações de ministro

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