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Onze mortos no Sudão desde golpe militar, reportam profissionais de saúde

Protesto contra o golpe militar em Cartum, capital do Sudão, 30 de outubro de 2021 [Mahmoud Hjaj/Agência Anadolu]

Um manifestante sudanês morreu de seus ferimentos neste domingo (31), elevando as baixas dos protestos contra o golpe militar a onze vítimas, reportou um comitê local de profissionais da saúde. As informações são da agência Anadolu.

O Comitê Central de Médicos — órgão independente da sociedade civil — confirmou que três manifestantes foram baleados e mortos nos protestos deste sábado (30).

“Fatalidades entre os revolucionários chegaram a onze pessoas desde 25 de outubro”, declarou a entidade em nota. O governo militar não comentou as denúncias, até então.

Em 25 de outubro, o conselho executivo militar proclamou “estado de emergência” em todo o Sudão e dissolveu o governo de transição, reconhecido internacionalmente, horas depois de prender seu premiê Abdalla Hamdok e ministros da administração civil.

LEIA: Sudão: ONGs pedem sessão de emergência do Conselho da ONU

O exército também suspendeu provisões do documento constitucional, que previam a transição democrática no país norte-africano.

O golpe ocorreu em meio a uma escalada de tensões entre componentes civis e militares do governo, instituído por um frágil acordo de compartilhamento de poder, após protestos populares culminarem na queda do longevo ditador Omar al-Bashir, em 2019.

Desde então, o Sudão era administrado por um conselho soberano, de caráter civil-militar, incumbido de supervisionar o período transicional até eleições marcadas para 2023, como parte do acordo entre o exército nacional e as Forças por Liberdade e Mudança.

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