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Embaixador em Paris é convocado de volta à Argélia

Presidente da França Emmanuel Macron discursa durante cerimônia em homenagem aos Harkis, argelinos que combateram ao lado do exército europeu durante a Guerra da Independência, no Palácio do Eliseu, em Paris, 20 de setembro de 2021 [GONZALO FUENTES/POOL/AFP via Getty Images]
Presidente da França Emmanuel Macron discursa durante cerimônia em homenagem aos Harkis, argelinos que combateram ao lado do exército europeu durante a Guerra da Independência, no Palácio do Eliseu, em Paris, 20 de setembro de 2021 [GONZALO FUENTES/POOL/AFP via Getty Images]

A Argélia pediu o retorno de seu embaixador em Paris para consultá-lo, após comentários “irresponsáveis” atribuídos ao presidente francês Emmanuel Macron, confirmou neste sábado (2) a presidência argelina, segundo informações da agência Reuters.

“Após comentários atribuídos por diversas fontes a … Macron, a Argélia expressa seu repúdio categórico a qualquer interferência em seus assuntos internos”, afirmou Argel em comunicado.

“Diante dessa situação particularmente inadmissível, infligida por tais comentários irresponsáveis, o presidente Abdelmadjid Tebboune decidiu convocar imediatamente seu embaixador na França”, prosseguiu a nota.

Segundo o governo argelino, os comentários — cuja autoria não foi negada por autoridades francesas, até então — são danosos e ofensivos à memória dos mártires argelinos que lutaram na Guerra da Independência, contra o domínio colonial francês.

LEIA: Macron da França pede ‘perdão’ a veteranos da Argélia

“Trata-se de um ataque intolerável à memória dos mártires”, enfatizou o comunicado; contudo, sem conceder detalhes.

Na quinta-feira (30), o governo norte-africano reportou convocar também o embaixador francês em Argel para esclarecimentos, após o regime europeu revogar vistos emitidos a cidadãos argelinos e de outros países da região do Magreb.

A chancelaria argelina descreveu a medida como “decisão unilateral do governo francês”.

Paris, no entanto, insiste tratar-se de uma resposta à recusa dos países norte-africanos em repatriar imigrantes em situação irregular, extraditados pela Europa.

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