Confrontos entre forças separatistas matam quatro em Aden, Iêmen

Mortes no conflito no Iêmen [Sarwar Ahmed/Monitor do Oriente Médio]

Neste sábado (2), confrontos entre membros do grupo separatista Conselho de Transição do Sul (CTS), na cidade iemenita de Aden, deixaram ao menos quatro combatentes mortos.

As informações, corroboradas por residentes e fontes de segurança, são da agência Reuters.

Residentes relataram forte tiroteio ao longo do dia no distrito central de Crater, que abriga prédios do governo e o Banco Central.

A cidade portuária vivencia tensões e incidentes de violência entre o governo reconhecido internacionalmente, com apoio da Arábia Saudita, e o grupo separatista, com apoio dos Emirados Árabes Unidos, que disputam o controle do sul do país.

O premiê do governo oficial retornou a Aden, na última semana, e reside agora no palácio presidencial em Crater, junto de outros ministros. O presidente Abd Rabbuh Mansur Hadi, no entanto, permanece na capital saudita.

“Pedimos aos cidadãos de Crater que fiquem em casa nas próximas horas, enquanto forças de contraterrorismo limpam a cidade de alguns elementos criminosos”, declarou a unidade de segurança do Conselho de Transição do Sul, no Twitter.

Veículos blindados então adentraram no perímetro, segundo residentes.

LEIA: Mulheres do Iêmen protestam contra a deterioração das condições econômicas

O sul do Iêmen permanece paralisado pela disputa de poder, que levou a protestos frequentes nos últimos meses, devido à pobreza generalizada e à falta de serviços públicos.

Arábia Saudita e Emirados são aliados nominais na coalizão que intervém no Iêmen contra os rebeldes houthis — por sua vez, ligados ao Irã.

Em 2014, os houthis expulsaram o governo central da capital Sanaa e capturaram grande parte do país, incluindo os principais centros urbanos.

Riad mediou um acordo para encerrar o impasse entre governo e CTS, incluindo um novo gabinete ministerial com a presença de separatistas, mas a retirada de todas as tropas de Aden e outras áreas ao sul jamais aconteceu.

A coalizão interveio no Iêmen em 2015, mas o conflito se arrastou, matando dezenas de milhares de pessoas e levando o país à margem da fome.

Mortes no conflito no Iêmen [Sarwar Ahmed/Monitor do Oriente Médio]

Sair da versão mobile