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Abbas comemora moção do Partido Trabalhista Britânico sobre o “apartheid” israelense

Presidente palestino Mahmoud Abbas na cidade de Ramallah, na Cisjordânia, em 6 de outubro de 2019 [ABBAS MOMANI/AFP/Getty Images]

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, saudou a aprovação de uma moção na conferência do Partido Trabalhista britânico, na segunda-feira, reconhecendo Israel como um Estado de “apartheid” e pedindo que seja sancionado, assim como o reconhecimento imediato da Palestina, informou a agência de notícias Wafa.

Abbas disse que a moção envia uma forte mensagem ao governo israelense de que o mundo não aceita mais a continuação de sua ocupação e que as medidas precisam avançar para encurralar, isolar e impor sanções ao Estado de ocupação.

Durante a conferência em Brighton, o Partido Trabalhista condenou “a Nakba em andamento na Palestina, a violência militarizada de Israel nos ataques à Mesquita de Al-Aqsa, os deslocamentos forçados de Sheikh Jarrah e o ataque mortal a Gaza”. Também observou “os relatórios de 2021 da B’Tselem e da Human Rights Watch que concluem inequivocamente que Israel está praticando o crime do apartheid, conforme definido pela ONU”.

Os delegados do Partido Trabalhista votaram por uma política comercial ética e o fim do comércio de armas com Israel e “medidas eficazes”, incluindo sanções para combater as violações israelenses do Direito Internacional, como a construção de assentamentos e o bloqueio a Gaza.

Abbas enfatizou que tal moção é uma mensagem de esperança e apoio ao povo palestino e afirma que, por mais longa que a ocupação possa durar, ela está chegando ao fim. O Ministério das Relações Exteriores e Expatriados da AP, e a Missão Palestina no Reino Unido também saudaram a moção.

O atual líder trabalhista, Keir Starmer, no entanto, provavelmente ignorará a moção. Sua esposa vem de uma família judia e tem parentes em Tel Aviv, conforme noticiou o Times of Israel no ano passado. “Eu apoio o sionismo sem reservas”, insistiu Starmer.

LEIA: A outra batalha de Bannockburn sobre a realidade de Israel racista

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