Polícia deixa 56 manifestantes feridos no aniversário da explosão em Beirute

A polícia libanesa deixou 56 manifestantes feridos na noite de ontem (4), durante protestos no primeiro aniversário da enorme explosão no porto de Beirute, que devastou a cidade, deixou milhares de desabrigados e matou mais de duzentas pessoas.

Testemunhas relataram à Anadolu que familiares das vítimas e manifestantes solidários se reuniram em uma área próxima ao epicentro da explosão, exibiram fotografias de seus entes queridos e reivindicaram o fim da impunidade aos responsáveis.

Manifestantes no centro de Beirute atiraram pedras contra a tropa de choque, que disparou gás lacrimogêneo e bombas de borracha para reprimir o ato.

Segundo a emissora libanesa Al-Jadeed, manifestantes tentaram entrar no parlamento, na sede da companhia de energia elétrica e em um edifício do Ministério da Economia.

A Cruz Vermelha do Líbano reportou no Twitter que onze feridos foram transferidos a hospitais e outras 45 pessoas foram tratadas no local.

A Organização das Nações Unidas (ONU) exortou as forças de segurança do Líbano a “exercer comedimento e permitir ao povo que proteste e se expresse pacificamente”.

Ao comentar sobre a repressão policial no país, Stéphane Dujarric, porta-voz do Secretário-Geral da ONU António Guterres, afirmou: “Estamos preocupados com a força que vemos ocasionalmente e que vimos no último ano, contra manifestações pacíficas”.

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