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Comissão denuncia tortura israelense contra as prisioneiras palestinas

30 de julho de 2021, às 11h52

Mulheres se manifestam em solidariedade às palestinas detidas nas prisões israelenses, em 8 de março de 2012 [Ashraf Amra/Apaimages]

A Comissão Palestina de Assuntos de Detentos e Ex-Detentos revelou na quinta-feira que Israel “tortura e abusa” de prisioneiras palestinas na prisão de Damon, no norte de Israel.

A comissão revelou em um relatório que as quarenta prisioneiras palestinas na prisão de Damon enfrentam “condições brutais de detenção e interrogatório” e estão “sujeitas a todos os métodos de tortura psicológica e privação das mais básicas necessidades de vida”.

O relatório citou o testemunho da prisioneira Mona Qaadan, 50 anos, da província de Jenin, no norte da Cisjordânia, que está presa há quase três meses.

Segundo a comissão, Qaadan foi continuamente interrogada durante 22 dias, das 8h30 às 4h do dia seguinte. Qaadan foi detida pela sexta vez e passou um total de oito anos em prisões israelenses.

“Durante as [sessões de interrogatório], ela permaneceu algemada com algemas de ferro nas costas, presa a uma cadeira e foi submetida a obscenidades, insultos e ameaças de prenderem toda sua família, inclusive seu irmão Tariq, que foi de fato preso mais tarde”, revelou o relatório.

No relatório, ela descreve sua cela como “cheia de umidade e cheiro forte, às vezes fria e às vezes quente, eles (os carcereiros) controlavam a temperatura da sala, e embora eu tenha pedido várias vezes materiais de limpeza, eles recusaram”.

Israel detém cerca de 4.850 palestinos, incluindo 225 crianças e 540 detentos administrativos.

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