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Política de limpeza étnica de Israel deixa traumas nas crianças de Silwan

Criança palestina em frente à sua casa no bairro de Silwan, em Jerusalém ocupada, 9 de novembro de 2020 [Ahmad Gharabli/AFP via Getty Images]

Crianças palestinas do bairro de Silwan, em Jerusalém Oriental ocupada, demonstram traumas psicológicos deixados pela campanha israelense em curso de limpeza étnica, que abrange reiteradas ameaças de demolição de residências e expulsão de suas famílias.

Uma reportagem da emissora de televisão Maydan al-Quds registrou crianças apavoradas pela ideia de perder suas casas e suas lembranças.

Declarou um adolescente à entrevista: “Aqui costumávamos regar as plantas, sentar, brincar, passar o tempo. Quando decidiram demolir as casas, comecei a ter medo. Tenho medo por mim mesmo e tenho medo de que as memórias vão desaparecer”.

Outro disse: “Não posso imaginar deixar essa casa e nunca mais voltar. Dói muito pensar nisso. Não posso acreditar que perderemos nossa casa”.

“Meus netos me perguntaram coisas muito difíceis”, declarou uma residente palestina. “Perguntam a nós por que os colonos têm direito de nos expulsar daqui e nos substituir, apesar de que foi seu avô quem construiu essa casa”.

Muitas crianças questionam seus pais para onde vão, caso suas famílias sejam expulsas de Silwan; poucos têm resposta.

ASSISTA: Papai, não chore. O palestino prepara sua casa para ser demolida por Israel

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