Eu e o Brasil, quinto episódio: Moustafa El-Guindy, desde os tempos em que a Unicamp era chamada UEC

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Pouca gente sabe que a Universidade Estadual de Campinas nasceu com uma sigla que não agradava seus primeiros professores. Entre eles estava o egípcio-brasileiro Moustafa El-Guindy, que lembra esse fato por ter integrado o quadro fundador da instituição, motivo pelo qual instalou-se ainda jovem acadêmico na cidade de Campinas. Em busca de melhor sonoridade, os pioneiros da universidade decidiram trocar a sigla pelo acrônimo Unicamp, pelo qual tornou-se conhecida nacional e internacionalmente.

Esta é uma história que El-Guindy relata em seu depoimento para a série documental Eu e o Brasil,lembrando os dias em que chegou, desorientado e sem falar nada de português,  ao Brasil. Acreditando que Curitiba fosse um bairro de São Paulo, ao chegar na antiga rodoviária da Luz, na capital paulista, tomou um ônibus para visitar um amigo que lá residia e foi parar, dez horas depois, sem entender a viagem interminável, no Paraná.

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As memórias bem humoradas do velho professor se misturam com demonstrações de amor pelo conhecimento e pela educação. Ao ser convidado para dar aulas de bioquímica para alunos da faculdade de Odontologia de Piracicaba, e decidido a tornar prazerosa uma disciplina considerada chata, ele simplesmente matriculou-se também no curso e tornou-se odontologista para entender o que os alunos precisavam dele como professor.  E antes de se aposentar, na década passada, foi “escondido”, como diz, prestar vestibular para o curso de Direito, sua mais recente graduação, para dedicar-se aos direitos em bioquímica e a questões do direito internacional.

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