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Israel fecha sindicato do setor agrário na Cisjordânia ocupada

Forças israelenses invadem o bairro de Batn al-Hava, em Ramallah, Cisjordânia ocupada, 25 de setembro de 2019 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]
Forças israelenses invadem o bairro de Batn al-Hava, em Ramallah, Cisjordânia ocupada, 25 de setembro de 2019 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

Forças da ocupação israelense invadiram na manhã de hoje (7) a sede do Sindicato dos Comitês de Trabalho Agrário na cidade de al-Bireh, na Cisjordânia ocupada. Uma ordem militar foi emitida para fechar o escritório trabalhista por seis meses.

Segundo o sindicato palestino, que presta serviços aos fazendeiros locais desde 1986, soldados israelenses pesadamente armados arrombaram as portas e confiscaram computadores e cartões de memória sob pretexto de “segurança”

A entidade exerce um papel fundamental no setor agrário da região, sobretudo na chamada Área C, que abriga 300 mil palestinos sob domínio militar israelense, incluindo beduínos e comunidades pastoris que vivem em tendas, caravanas e cavernas.

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Sob os Acordos de Oslo, a Cisjordânia e Jerusalém Oriental são divididas em três áreas sob ocupação. A chamada Área C cobre cerca de 60% do território palestino, submetida ao controle absoluto civil e militar das autoridades israelenses.

No último mês, forças da ocupação israelense invadiram também a sede do Sindicato dos Trabalhadores de Saúde em Ramallah e forçaram seu fechamento por suposta filiação com a Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP).

Como resultado, a Anistia Internacional advertiu sobre “consequências catastróficas” impostas aos palestinos que demandam cuidados médicos.

Saleh Higazi, vice-diretor da Anistia Internacional para o Oriente Médio e Norte da África, reiterou que o ataque à entidade dos trabalhadores de saúde é parte de uma ofensiva ampla contra organizações da sociedade civil em toda a Palestina ocupada.

Ao invés de criminalizar organizações que fornecem serviços de saúde essenciais, autoridades de Israel deveriam encerrar sua opressão sistemática e sua discriminação institucionalizada contra o povo palestino”, exortou Higazi.

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