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Maior partido islâmico se recusa a aderir ao novo governo na Argélia

Funcionários eleitorais argelinos contam os votos para as eleições parlamentares em uma assembleia de voto em Bouchaoui, na periferia oeste da capital Argel, em 12 de junho de 2021 [Ryad Kramdi/AFP via Getty Images]

O maior partido islâmico da Argélia, o Movimento pela Sociedade pela Paz (MSP), anunciou na terça-feira que não participará do governo que está sendo formado após as recentes eleições legislativas. O anúncio foi feito pelo líder do MSP, Abdel Razzaq Makri, após uma reunião de emergência do Conselho Shura (Consultivo) do movimento, para considerar uma oferta da presidência de participar do próximo governo.

Makri disse que o presidente da República, Abdelmadjid Tebboune, foi informado da decisão antes do comunicado.

Tebboune aceitou a renúncia do governo do primeiro-ministro Abdelaziz Djerad após realizar as primeiras eleições parlamentares desde que Abdelaziz Bouteflika (1999-2019) renunciou à presidência em 2 de abril de 2019, sob a pressão de protestos populares contra seu governo.

A antiga Frente de Libertação Nacional conquistou 98 dos 407 assentos na Assembleia Nacional do Povo. Os independentes ficaram em segundo lugar com 84 assentos, seguidos pelo MSP com 65 assentos, e o Rally Nacional Democrata (o segundo partido da antiga coalizão de governo) com 58 assentos.

Com a Frente do Futuro conservadora ganhando 48 assentos e o Movimento de Construção Nacional Islâmico obtendo 39, isso significa que ter uma maioria simples no parlamento requer uma coalizão de pelo menos três blocos parlamentares para atingir o limite de 204 assentos.

LEIA: Argélia prende 35 sob a acusação de fraude e falsificação durante as eleições

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