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Egito apoia soberania da Grécia, reafirma Sisi

Presidente do Egito Abdel Fattah al-Sisi em 7 de dezembro de 2020 [Michel Euler/AFP via Getty Images]

O Egito permanece ao lado da Grécia contra qualquer tentativa de violações contra sua soberania, destacou ontem (21) o presidente e general Abdel Fattah el-Sisi.

“O acordo de demarcação marítima entre Egito e Grécia é um exemplo de acordo de paz e cooperação no Oriente Médio e desejo que este modelo seja estendido a outros países”, afirmou Sisi após reunião com o premiê grego Kyriakos Mitsotakis.

Os comentários de Sisi são aparente referência aos avanços da Turquia no Mediterrâneo Oriental, com intuito explorar petróleo e gás natural, descritos pelo regime egípcio como medidas unilaterais que agravam tensões.

“Assegurei ao primeiro-ministro que o Egito manterá sua postura firme sobre a situação no Mediterrâneo Oriental, com base na necessidade de todas as nações em respeitar a lei internacional e resoluções da ONU”, comentou o presidente egípcio.

Em contrapartida, Mitsotakis comprometeu-se em apoiar a posição do Cairo sobre a Represa do Renascimento. “Apoiamos o Egito na questão da barragem e as águas do Nilo representam uma matéria vital”, reiterou o premiê na coletiva de imprensa posterior ao encontro.

LEIA: Turquia rebate a Grécia sobre suas manobras navais

A Etiópia está construindo uma barragem hidrelétrica de US$5 bilhões perto da fronteira com o Sudão, na bacia hidrográfica do Nilo, a fim de estimular o desenvolvimento do país.

O Egito depende quase inteiramente dos recursos do Nilo, ao receber cerca de 55.5 milhões de metros cúbicos por ano do rio histórico. O governo de Sisi alega que a barragem afetará seus recursos hídricos utilizados para consumo, agricultura e energia elétrica.

O Cairo quer garantias de Addis Ababa de que o território egípcio receberá 40 bilhões ou mais de metros cúbicos de água por ano. Bekele afirmou previamente que o Egito abandonou esta demanda; mas Sisi persiste em desmentí-lo, inclusive em comunicado oficial.

Há também a questão não resolvida de quão rapidamente será preenchida a barragem, sob supostos riscos às operações de geração de energia da represa egípcia de Assuã.

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