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Marwan Barghouti está no topo da lista de troca de prisioneiros, diz o Hamas

Protestantes agitam bandeiras com um retrato do proeminente preso palestino, Marwan Barghouti, durante um comício na cidade de Ramallah, na Cisjordânia, em 17 de abril de 2017 [ABBAS MOMANI/AFP via Getty Images].

O Hamas disse que dará prioridade à libertação do líder sênior do Fatah, Marwan Barghouti, em qualquer acordo de troca de prisioneiros com Israel. A revelação foi feita após uma reunião entre o chefe do gabinete político do Movimento de Resistência Islâmica Palestina, Ismail Haniyeh, e Fadwa Barghouti, a esposa do homem de 62 anos de idade que está há vinte anos em uma prisão israelense.

Haniyeh falou com a esposa de Barghouti na presença de vários líderes proeminentes do movimento no início deste mês no Cairo. Uma fonte sênior do Hamas que estava presente na reunião disse ao Al-Monitor que Haniyeh deu prioridade à libertação de Barghouti. Fadwa Barghouti recebeu a garantia de que seu marido estaria no topo da lista em qualquer futuro acordo de troca de prisioneiros com Israel.

De acordo com a fonte, que falou na condição de anonimato, Haniyeh e funcionários egípcios discutiram a possibilidade de um novo acordo com Israel. Os mediadores egípcios acreditam que ainda não chegou a hora de avançar nas negociações com os israelenses, e sugeriram adiar a questão até que o novo governo comece a trabalhar.

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Não está nada claro, entretanto, se o governo liderado pelo nacionalista de extrema direita Naftali Bennett estará aberto a uma troca de prisioneiros. Ele é ainda mais extremo do que seu antecessor, Benjamin Netanyahu.

“Acho que o novo primeiro-ministro israelense, conhecido por dizer que os terroristas devem ser mortos e não libertados, será mais cauteloso em concluir um acordo de troca que poderá resultar na libertação de prisioneiros que têm um histórico de operações militares planejadas que mataram muitos israelenses”, disse Talal Oka do jornal Al-Ayyam.

O Hamas afirma que detém quatro soldados israelenses que foram capturados durante a ofensiva israelense de 2014 contra a Faixa de Gaza durante a qual mais de 2.200 palestinos foram mortos, e mais de 17.000 ficaram feridos. Israel, no entanto, questiona esse número. Também continua a deter 4.500 palestinos em suas prisões.

Barghouti é visto como um sucessor natural de Mahmoud Abbas de 85 anos e a pessoa ideal para unir as facções políticas palestinas. De acordo com pesquisas recentes, ele é o líder palestino mais popular, o que significa que ele teria uma boa chance de ganhar uma eleição presidencial. Isso, no entanto, poderia funcionar contra ele. Os críticos argumentam que um dos meios pelos quais Israel consegue sustentar sua brutal ocupação é mantendo os palestinos divididos política e geograficamente.

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