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Egito culpa Abbas, da Autoridade Palestina, pelo fracasso das negociações de reconciliação

O presidente palestino Mahmoud Abbas em Ramallah, Cisjordânia, em 12 de maio de 2021 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, é a razão pela qual as negociações de reconciliação programadas para este fim de semana no Cairo foram adiadas “indefinidamente”, informou o jornal Rai Al-Youm.

Segundo o jornal, o Egito decidiu adiar a reunião após uma série de incidentes que os levaram a acreditar que as negociações estavam destinadas ao “fracasso”.

Os incidentes começaram quando Abbas enviou uma delegação do Fatah ao Egito, chefiada pelo general Jibril Rajoub, Ahmed Helles e Rawhi Fattouh, embora Abbas inicialmente tivesse concordado em comparecer pessoalmente.

O chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, já havia chegado ao Cairo como parte da delegação de seu movimento.

Mais tarde, autoridades egípcias receberam informações de que Abbas havia impedido as facções palestinas na Cisjordânia ocupada de viajar ao Cairo para participar das negociações, o que foi a primeira indicação de que Abbas estaria tentando monopolizar ou frustrar as negociações de reconciliação.

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A segunda surpresa veio quando a delegação da Fatah no Cairo transmitiu uma mensagem “estrita” de Abbas, que havia colocado duas condições para coordenar os esforços de reconstrução de Gaza sob os auspícios egípcios.

“A primeira condição foram as instruções diretas e definitivas de Abbas de que o Hamas deve participar imediatamente de um governo de unidade nacional palestino antes das eleições, enquanto a segunda condição é que as eleições palestinas não ocorram sem a aprovação de Israel para incluir a cidade ocupada de Jerusalém”, disse o jornal.

Irritados com a posição de Abbas, os egípcios informaram ao Hamas e outras figuras palestinas que estão prosseguindo com os projetos de reconstrução na Faixa de Gaza sitiada, em coordenação com os líderes de “fato consumado” em Gaza, ou seja, o Hamas.

O jornal disse que ambos os líderes do Hamas, Ismail Haniyeh e Yahya Sinwar, concordaram com essa estratégia egípcia, que também envolveria coordenação com as Nações Unidas.

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