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Ex-ministro do Iêmen diz que não há feitiço mágico para resolver conflitos

O ex-ministro das Relações Exteriores do Iêmen Khaled al-Yamani dá uma entrevista coletiva após as consultas de paz ocorridas no Castelo de Johannesberg em Rimbo, ao norte de Estocolmo, Suécia, em 13 de dezembro de 2018 [Jonathan Nackstrand/AFP via Getty Images]
O ex-ministro das Relações Exteriores do Iêmen Khaled al-Yamani dá uma entrevista coletiva após as consultas de paz ocorridas no Castelo de Johannesberg em Rimbo, ao norte de Estocolmo, Suécia, em 13 de dezembro de 2018 [Jonathan Nackstrand/AFP via Getty Images]

O ex-ministro das Relações Exteriores do Iêmen Khaled Al-Yamani disse que não há nenhum feitiço para resolver o conflito do país, enfatizando que as atuais iniciativas de paz oferecidas ao governo internacionalmente reconhecido e ao grupo Houthi são tão realistas quanto possível.

Em declarações ao site de notícias Asharq Al-Awsat, Al-Yamani disse que a solução do conflito no Iêmen “depende da convergência da vontade de todos os iemenitas, partidos políticos, sociedade civil e as novas forças que resultaram das condições da prolongada guerra do Iêmen”.

“Se todas essas forças não se unirem para deter o ciclo vicioso de violência e acabar com os combates, ninguém no mundo será capaz de deter esta guerra maluca”, acrescentou.

“A história milenar do Iêmen está ligada a compromissos e conciliações”, enfatizou.

Ele denunciou a batalha dos Houthis para controlar a cidade de Marib, que ele diz ter resultado na morte de pelo menos 6.000 combatentes Houthi.

“É isso que eles querem […] uma pátria construída sobre caveiras e sangue?!”, ele perguntou.

O empobrecido Iêmen tem sido assolado pela violência e pelo caos desde 2014, quando os houthis invadiram grande parte do país, incluindo a capital, Sanaa. A crise agravou-se em 2015, quando uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita lançou uma devastadora campanha aérea com o objetivo de reverter os ganhos territoriais do Houthi.

A guerra, na qual os EUA e o Reino Unido apoiam a coalizão liderada pelos sauditas, matou mais de 100 mil pessoas e levou milhões à beira da fome, segundo dados oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU).

LEIA: Houthi condena Emirados Árabes por turistas de Israel em Socotra e base aérea na ilha de Mayun

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