Yahya Sinwar — chefe do movimento palestino Hamas na Faixa de Gaza — descreveu o recente cessar-fogo com Israel como “frágil”, após onze dias de bombardeios da ocupação contra o território sitiado, à medida que não aborda as raízes do problema.
Em entrevista à agência Anadolu, Sinwar observou que o acordo de cessar-fogo depende das ações de Israel nos próximos dias, além da pressão internacional a Tel Aviv, para que o estado sionista respeite os direitos do povo palestino e as resoluções e leis internacionais.
Em 21 de maio, grupos da resistência palestina em Gaza e Israel consentiram com uma trégua, encerrando o último ciclo de massacre colonial no território costeiro, que resultou em mais de 250 mortos, milhares de feridos e dezenas de milhares de desabrigados.
Sinwar afirmou ainda que o cessar-fogo depende do comedimento israelense para não atacar a Mesquita de Al-Aqsa e a população palestina nos territórios ocupados.
“Caso Israel ataque nossos lugares sagrados, repita atos de profanação contra Al-Aqsa e agrida nosso povo em Sheikh Jarrah [bairro de Jerusalém], para expulsá-lo de suas casas, a trégua certamente implodirá”, advertiu o líder palestino.
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![Yahya Sinwar, chefe do Hamas em Gaza, fala à imprensa, na Cidade de Gaza, 26 de maio de 2021 [Mustafa Hassona/Agência Anadolu]](https://www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2021/05/20210527_2_48486742_65549502.jpg)