![O padre católico palestino Manuel Musallam posa para uma foto durante uma entrevista com a Agência Anadolu, em Bir Zeit, perto de Ramallah, Cisjordânia, em 22 de dezembro de 2020 [Hisham K. K. Abu Shaqra/Agência Anadolu]](https://i0.wp.com/www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2021/05/20201222_2_45986462_60871083.jpg?resize=1200%2C800&quality=75&strip=all&ssl=1)
O padre Manuel Musallam, chefe da Organização Popular Mundial pela Justiça e Paz de Jerusalém, pediu na sexta-feira a eleição dos membros do Conselho Nacional Palestino para produzir uma nova liderança para a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e escolher um presidente para o Fundo Nacional da Palestina (PNF, na sigla em inglês).
Musallam, em um post no Facebook, também promoveu a ideia de um processo de votação online com o objetivo de: “Incluir todo o povo palestino em casa e a diáspora no exterior”.
Ele confirmou que o projeto Gaza-Jericó chegou ao fim para dar lugar ao projeto Cisjordânia-Gaza após a batalha da Espada de Jerusalém, observando: “A questão de Jerusalém foi adiada, mas colocada na mesa de negociações”.
O Padre Musallam continuou: “Penso que os efeitos da primeira Nakba em 1948 e da segunda Nakba de 1993 (Oslo) foram diluídos pelos vestígios do tempo, por isso devemos passar para a terceira Nakba, cujas tragédias começaram a surgir, incluindo um estado palestino na Cisjordânia e Gaza sem Jerusalém e sem o direito de retorno, porque Israel não devolverá Jerusalém aos árabes e não retornará os refugiados para suas casas a menos que ela desapareça.
Ele acrescentou: “Eles riem de nós porque nos subestimam. Temo que a autoridade [Autoridade Palestina] seja quem ri de nós, e estamos profundamente preocupados que eles aceitem este projeto como eles concordaram em adotar o acordo de Oslo na esperança de chegar a uma solução pacífica para o problema”.
Musallam concluiu:
“Eles estão nos dizendo, as pessoas esperam por negociações! As pessoas esperam pela Autoridade! Mas meu conselho a vocês é: Ó povo de resistência, não espere, Ó povo de Jerusalém, não espere, Ó povo de refugiados, não espere, Ó povo de mísseis, não espere. Revolta com raiva meu povo para se tornar o povo da emancipação.
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