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Netanyahu condena chanceler francês por comentário sobre apartheid

Ministro de Relações Exteriores da França Jean-Yves Le Drian em Berlim, Alemanha, 27 de março de 2019 [Abdulhamid Hosbas/Agência Anadolu]
Ministro de Relações Exteriores da França Jean-Yves Le Drian em Berlim, Alemanha, 27 de março de 2019 [Abdulhamid Hosbas/Agência Anadolu]

O Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu rechaçou nesta quarta-feira (26) um comentário recente do Ministro de Relações Exteriores da França Jean-Yves Le Drian, no qual afirmou que a ocupação na Palestina tem “ingredientes de um duradouro apartheid”.

As informações são da agência Anadolu.

Netanyahu descreveu o comentário de Le Drian como “alegação insolente, falsa e infundada”.

“No Estado de Israel, todos os cidadãos são iguais perante a lei, não importa a etnia”, alegou o premiê israelense, a despeito de diversas legislações de caráter colonial e discriminatório e da ocupação militar imposta ao povo palestino.

No domingo (23), Le Drian abordou os recentes bombardeios israelenses contra Gaza. Segundo o chanceler, a escalada “claramente demonstra que, caso não tenhamos uma solução de dois estados no futuro, teremos ingredientes de um duradouro apartheid”.

A partir de 13 de abril, tensões nos territórios palestinos escalaram exponencialmente, como resultado de ataques brutais da polícia e colonos israelenses no bairro de Sheikh Jarrah e no complexo da Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, entre outros.

Protestos eclodiram em toda a Palestina após esforços israelenses para evacuar doze casas palestinas em Sheikh Jarrah, para substituir as famílias residentes por colonos ilegais.

Em 10 de maio, a situação assumiu uma perigosa virada quando Israel lançou uma ofensiva de larga escala, com aviões de guerra e artilharia, contra a Faixa de Gaza. Grupos da resistência palestina responderam ao disparar foguetes contra cidades israelenses.

Segundo autoridades de saúde locais, ao menos 284 palestinos foram mortos pelo massacre israelense contra a Gaza sitiada e Cisjordânia ocupada, incluindo 66 crianças e 39 mulheres, além de mais de 1.900 feridos.

LEIA: ‘A guerra tem dois vencedores’, ex-premiê de Israel sugere reocupar Gaza

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