![Destruição da Torre al-Shorouk por um ataque aéreo israelense, em Gaza, 12 de maio de 2021 [Ali Jadallah/Agência Anadolu]](https://i0.wp.com/www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2021/05/20210512_2_48255685_65086427.jpg?resize=1200%2C800&quality=75&strip=all&ssl=1)
Neste sábado (22), um piloto israelense referiu-se à destruição de torres residenciais durante a recente ofensiva contra a Faixa de Gaza como uma forma de extravasar frustrações do exército, após pressão política decorrente do disparo de foguetes contra cidades ocupadas.
As informações são da agência Anadolu.
A reveladora declaração do piloto ocorreu em entrevista concedida à emissora israelense Channel 12, junto de outros pilotos responsáveis pelo bombardeio de nove torres residenciais em Gaza — incluindo al-Jalaa, que abrigava escritórios de imprensa.
“Não subestime a intensidade dos ataques que eu e meus amigos conduzimos”, afirmou. “Lançamos toneladas de munição contra eles para que ninguém duvide”.
O piloto expressou ainda um sentimento compartilhado por seus colegas: “Eu queria lançar um ataque com o sentimento de aniquilar aquelas torres, porque se tornou a nossa forma de extravasar a frustração do que acontecia conosco e do sucesso das facções em Gaza”.
O oficial também admitiu que as forças da ocupação não conseguiram interromper o disparo de foguetes caseiros de Gaza, assim como não conseguiram atingir de fato líderes da resistência palestina — “portanto, atiramos contra as torres”.
Israel bombardeia infraestrutura de imprensa em Gaza
Durante os recentes bombardeios contra Gaza, jatos de guerra de Israel destruíram nove torres, sob pretexto de que continham “infraestrutura militar”; porém, sem evidências.
A Torre al-Jalaa, que abrigava escritórios de mídia das redes internacionais Al Jazeera e Associated Press, esteve entre os alvos. O proprietário da torre, Jawad Mahdi, decidiu registrar uma queixa de crime de guerra no Tribunal Penal Internacional.
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