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Oficiais graduados do exército querem acabar com a ofensiva, mas Netanyahu não, diz analista do Haaretz

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fala no partido Likud após o evento eleitoral, em 24 de março de 2021, em Jerusalém, Israel [Amir Levy/Getty Images]
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fala no partido Likud após o evento eleitoral, em 24 de março de 2021, em Jerusalém, Israel [Amir Levy/Getty Images]

O analista militar do jornal Haaretz, Amos Harel, disse na quarta-feira que altos oficiais do Exército querem encerrar a ofensiva militar contra Gaza, mas o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não quer porque está em busca de uma “vitória clara”.

De acordo com Harel, a maioria dos líderes políticos e militares em Israel pensa que a operação em Gaza está chegando ao fim em breve, mas nem os políticos nem o exército querem assumir total responsabilidade. Se nenhum grande acontecimento de última hora ocorrer, disse ele, a ofensiva pode terminar hoje.

O Hamas, observou ele, está satisfeito por ter paralisado a maioria dos aspectos da vida em Israel, que acabava de se recuperar das consequências da covid-19. O movimento obrigou os cidadãos israelenses a buscarem abrigo, até mesmo na faixa central do país, e obrigou o número de voos no Aeroporto Ben Gurion a ser reduzido ao mínimo.

Embora Israel e o Hamas tenham concordado em cessar-fogo várias vezes no passado, mediados pelo Egito e às vezes com a ajuda da ONU, nesta ocasião os contatos não foram frutíferos. Em Israel, portanto, acredita-se que um cessar-fogo unilateral sem qualquer acordo reforçaria a legitimidade internacional para a retaliação de Israel contra qualquer violação do cessar-fogo pelo Hamas.

O analista afirmou que Israel não reconhece o dano causado à reputação do estado dentro da comunidade internacional pelo bombardeio intensivo de Gaza e o número crescente de vítimas civis. No que diz respeito a Netanyahu, não é bom para ele pessoalmente terminar a guerra sem uma vitória clara, dado o impasse político sobre a formação de outro governo e o julgamento criminal que enfrenta por acusações de corrupção.

LEIA: Israel acusa Hamas de buscar escalada; mantém bombardeios em Gaza

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