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Argélia se recusa a pedir empréstimo ao FMI

O primeiro-ministro da Argélia, Abdelaziz Djerad, em Argel, Argélia, em 10 de setembro de 2020 [Mousaab Rouibi/Agência Anadolu]
O primeiro-ministro da Argélia, Abdelaziz Djerad, em Argel, Argélia, em 10 de setembro de 2020 [Mousaab Rouibi/Agência Anadolu]

O primeiro-ministro argelino, Abdelaziz Djerad, disse ontem que seu país se recusou a pedir dinheiro emprestado ao FMI para não prejudicar sua soberania, informou a Agência Anadolu.

Djerad disse que o seu governo decidiu manter os equilíbrios financeiros através de determinadas medidas à luz da luta contra a covid-19, mas recusou-se terminantemente a recorrer ao FMI.

Apontou, ainda, que a Argélia está atualmente sujeita a “pressões políticas” que visam ter sua economia controlada por alguns partidos, que ele não mencionou, destacando: “Isso é totalmente rejeitado”.

Alguns países entraram em colapso após tomarem empréstimos de partidos externos, disse ele, quando “impuseram estruturas políticas” a esses países.

Em 2020, a lei orçamentária abriu a porta para empréstimos internacionais para lidar com o déficit de US$ 22 bilhões que afetava o orçamento devido à covid-19 e à queda nos preços do petróleo.

A receita do comércio de petróleo contribui com 90 por cento do orçamento da Argélia.

A Argélia tomou emprestado US$ 32 bilhões na década de 1990, forçando-a a adotar medidas de austeridade, incluindo o fechamento de milhares de instituições e a demissão de dezenas de milhares de trabalhadores.

Em meados da última década, a Argélia decidiu pagar a maior parte de suas dívidas. Apenas US$ 3 bilhões permanecem sem pagamento.

LEIA: Partido argelino promete cortes nos salários do governo contra crise econômica

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