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Houthis mataram e feriram mais de 3.500 professores em seis anos, denuncia sindicato

Houthis inspecionam armas em caminhões militares durante reunião tribal, em Sanaa, capital do Iêmen, 1° de agosto de 2019 [Mohammed Hamoud/Getty Images]

O movimento rebelde houthi matou e feriu mais de 3.500 professores iemenitas ao longo dos últimos seis anos, após capturar grande parte do país, incluindo a capital Sanaa.

O documento registra os crimes e violações cometidos pelo grupo paramilitar contra profissionais da educação em áreas mantidas sob seu controle.

Segundo o relatório, atiradores houthis mataram 1.579 profissionais da educação desde 2014, incluindo 81 diretores de escolas e 1.497 professores. Outros 2.642 professores foram submetidos a diversos ferimentos; alguns deixados com deficiências permanentes.

O relatório denunciou que os houthis emitiram ordens de execução contra dez professores, incluindo o chefe do sindicato na capital, Saad al-Nuzili, e o diretor escolar Khaled al-Nahari,  além de oito estudantes, também sequestrados e detidos.

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“Ao todo, 621 professores foram submetidos a sequestro e desaparecimento forçado em diversas províncias do país”, observou o documento. Hodeidah é a província com maior índice de professores sequestrados pelo movimento houthi.

“Catorze professores morreram sob tortura em prisões da milícia houthi”, reiterou.

Vinte mil professores também foram deslocados por sucessivas ameaças e intimidação judicial, obrigados a deixar suas casas, suas famílias e seu emprego e migrar a outras províncias.

O relatório sugere que o golpe de estado houthi resultou em casos de miséria entre professores e até mesmo suicídio. Autoridades houthis cortaram 60% dos salários de 290 mil funcionários do setor de ensino desde setembro de 2017.

O sindicato anunciou ter monitorado 5.476 atividades de recrutamento e mobilização organizadas por milícias houthis nas escolas de Sanaa desde fevereiro de 2021.

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