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EUA reafirma posicionamento de que a Cisjordânia é território ocupado

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, fala durante uma coletiva de imprensa em 3 de fevereiro de 2021, no Departamento de Estado em Washington, DC. [JACQUELYN MARTIN/POOL/AFP via Getty Images]
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, fala durante uma coletiva de imprensa em 3 de fevereiro de 2021, no Departamento de Estado em Washington, DC. [JACQUELYN MARTIN/POOL/AFP via Getty Images]

O Departamento de Estado norte-americano reafirmou considerar a Cisjordânia um território ocupado por Israel.

“É um fato histórico que Israel ocupou a Cisjordânia, Gaza e as Colinas de Golan após a Guerra de 1967”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, aos repórteres na quarta-feira.

O esclarecimento veio depois que o Departamento publicou seus Relatórios anuais sobre as Práticas de Direitos Humanos em 2020.

O relatório afirmava as medidas tomadas pela administração anterior de Donald Trump, que havia reconhecido Jerusalém como capital de Israel e a soberania israelense sobre os Montes Golan.

Também manteve em vigor uma mudança de designação feita ao relatório pelo ex-presidente Trump, na qual ele substituiu a frase “Israel e os Territórios Palestinos Ocupados” por “Israel, Cisjordânia e Gaza”.

Perguntado se os EUA consideram a Cisjordânia um território ocupado por Israel, Price afirmou que sim.

“De fato, o Relatório dos Direitos Humanos de 2020 usa o termo ‘ocupação’ no contexto da situação atual da Cisjordânia”, disse Price, acrescentando que “esta tem sido a posição de longa data das administrações anteriores de ambas as partes ao longo de muitas décadas”.

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No início da quarta-feira, uma repórter perguntou à secretária de Estado adjunta para a democracia, direitos humanos e trabalho, Lisa Peterson, se o departamento considera a Cisjordânia “ocupada por Israel”.

Peterson disse que a seção sobre Israel e os territórios palestinos havia sido apresentada de forma semelhante aos anos anteriores.

“Este Relatório de Direitos Humanos se refere aos nomes geográficos comumente usados na área que o relatório abrange. Portanto, Israel, Cisjordânia e Gaza. Isto se destina a delimitar áreas geográficas e colocá-las em alinhamento com o resto do relatório”, disse Peterson.

“Esses indicadores geográficos não se destinam a transmitir qualquer posição sobre quaisquer questões de status final que precisam ser negociadas entre as partes do conflito, incluindo as fronteiras específicas da soberania israelense em Jerusalém, ou as fronteiras entre Israel e qualquer futuro Estado palestino”, acrescentou Peterson.

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