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Ex-parlamentar do Kuwait foge após repetidos processos

Ex-membro da Assembleia Nacional do Kuwait, Nasser Al-Duwailah participa de uma sessão do parlamento na Assembleia Nacional na Cidade do Kuwait, em 19 de novembro de 2008. [Yasser Al-Zayyat/AFP/Getty Images]
Ex-membro da Assembleia Nacional do Kuwait, Nasser Al-Duwailah participa de uma sessão do parlamento na Assembleia Nacional na Cidade do Kuwait, em 19 de novembro de 2008. [Yasser Al-Zayyat/AFP/Getty Images]

O ex-membro da Assembleia Nacional do Kuwait Nasser Al-Duwailah anunciou na terça-feira que estava deixando o país após repetidas perseguissões e processos judiciais.

Em um vídeo postado no Twitter, Al-Duwailah posou no Aeroporto Internacional do Kuwait e disse: “O Ministério Público não parou de fazer queixas contra mim. Não viu que a detenção e o pagamento de milhares de dinares como multas e fianças são suficientes. Portanto, decidi hoje deixar o Kuwait e me proteger do perigo”.

Ele também disse: “Estou deixando meu amado país, o país de meus pais e avós. Estou pedindo a Alá que me permita retornar logo depois que a situação mudar para melhor”.

Ele continuou: “Claro, deixei o Kuwait devido ao assédio repetido e processos judiciais não resolvidos. Eu me apresentei no tribunal de segurança do estado mais de 15 vezes. Fui preso e paguei multas e fianças. Fiquei impossibilitado e a situação é contínua”.

“Ficou claro que eles estão com raiva de mim; portanto, irei viajar para a vasta terra de Alá, esperando que Alá os leve ao caminho certo e proteja o Kuwait.”

LEIA: Primeiro-ministro do Kuwait ordena que acusações contra parlamentares sejam retiradas

Dirigindo-se aos kuwaitianos, ele disse: “Estou pedindo a vocês, povo do Kuwait, que temam a Alá e sejam bons cidadãos. Proteja seu país, seus ganhos, sua constituição, seus direitos e sua liberdade […] A solução está muito próxima e a vida virá de volta melhor do que era”.

Al-Duwailah era membro da Assembleia Nacional do Kuwait, representando o quarto distrito. Nascido em 1956, Al-Duwailah estudou ciência militar e lei sharia e trabalhou como advogado e comandante do exército antes de ser eleito para a Assembleia Nacional em 2008.

No ano passado, ele foi condenado a seis meses de prisão e multado em 2.000 dinares (US$ 6.500) depois de ser considerado culpado de ofender os Emirados Árabes.

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