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Coalizão saudita destrói dez drones houthis

Bandeira nacional da Arábia Saudita na capital Riad, em 23 de setembro de 2020 [Fayes Nureldine/AFP via Getty Images]
Bandeira nacional da Arábia Saudita na capital Riad, em 23 de setembro de 2020 [Fayes Nureldine/AFP via Getty Images]

A coalizão militar que intervém no Iêmen, liderada pela Arábia Saudita, reportou neste domingo (7) ter abatido dez drones armados lançados pelo grupo iemenita houthi, incluindo ao menos cinco deles disparados em direção à monarquia, segundo emissoras estatais.

As informações são da agência Reuters.

A coalizão não concedeu detalhes sobre a localidade dos alvos, mas afirmou que os drones voavam em direção a “áreas civis”.

No sábado (6), a coalizão anunciou ter interceptado sete drones em 24 horas, lançados contra a cidade de Khamis Mushait, além de outro drone em rota a Jazan, ambas no sul do país.

Os houthis enfrentam a coalizão desde março de 2015, quando Riad decidiu intervir pesadamente na guerra civil do Iêmen, a fim de reverter ganhos territoriais do grupo ligado ao Irã, adversário regional, e restaurar o regime aliado de Abd Rabbu Mansour Hadi.

Recentemente, o grupo rebelde avançou para além da fronteira entre Iêmen e Arábia Saudita, com ataques de drones e mísseis contra o solo saudita. Combates também se intensificaram em campo, nas regiões iemenitas de Marib e Taiz.

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Segundo a televisão saudita, a coalizão alegou que a escalada houthi é resultado de “vitórias” do grupo liderado por Riad em Marib, além da “interpretação hostil” do movimento sobre a decisão de Washington de revogar sua designação como grupo terrorista, no último mês.

Estados Unidos e ONU reforçaram esforços diplomáticos pelo fim do conflito, considerado vastamente como guerra por procuração entre Arábia Saudita e Irã.

Na última semana, o Departamento de Tesouro dos Estados Unidos impôs sanções a dois comandantes militares houthis, como primeira ação punitiva contra o grupo desde a posse do novo governo americano do presidente Joe Biden.

Os houthis depuseram o governo reconhecido internacionalmente da capital Sanaa, no final de 2014, e negam ser instrumentos de Teerã na guerra, ao argumentar que combatem um sistema corrupto e uma série de agressões internacionais.

A guerra, em situação de impasse militar há anos, resultou em dezenas de milhares de mortos e milhões de civis iemenitas à margem da fome.

A ong Médicos Sem Fronteiras reportou anteontem (5) que o hospital Al-Thawra, em Taiz, tratou 28 pacientes feridos por confrontos intensos, desde quarta-feira (3), e que a própria casa de saúde foi atingida por tiros, deixando três feridos, entre os quais um menino de 12 anos.

Em Marib, último bastião do governo de Hadi no norte do Iêmen, centenas de soldados de ambos os lados foram mortos.

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