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Israel e Bahrein discutem criar uma fábrica de vacinas contra covid

Paramédicos vacinam idosos em uma casa de repouso, em Tel Aviv, 13 de janeiro de 2021 [Nir Keidar/Agência Anadolu]
Paramédicos vacinam idosos em uma casa de repouso, em Tel Aviv, 13 de janeiro de 2021 [Nir Keidar/Agência Anadolu]

O Primeiro Ministro de Israel Benjamin Netanyahu e o príncipe herdeiro do Bahrein Salman Bin Hamad Al Khalifa discutiram hoje (25) o possível envolvimento do estado do Golfo na criação de uma fábrica de vacinas contra o covid-19 em solo israelense, reportou Tel Aviv.

As informações são da agência Reuters.

Os dois líderes debateram ainda uma possível visita de Netanyahu ao Bahrein, assim que as restrições contra o coronavírus sejam atenuadas, segundo o mesmo comunicado.

“O regente barenita declarou interesse em examinar a possibilidade do Bahrein juntar-se a um investimento para estabelecer uma fábrica de vacinas em Israel, conforme parceria com outros países”, destacou o gabinete de Netanyahu.

Bahrein e Emirados Árabes Unidos (EAU) normalizaram laços com Israel em 15 de setembro de 2020, em Washington, em parte, para conter receios referentes ao Irã. O pacto indignou os palestinos, que exigem um estado independente antes de qualquer reaproximação regional.

LEIA: Israel dá aos países que reconhecem Jerusalém como capital vacina da covid-19

Netanyahu busca reeleger-se em 23 de março e utiliza a vacinação como plataforma política. Nesta quarta-feira (24), alegou conversar com os laboratórios Pfizer e Moderna para abrir filiais em Israel. Contudo, as empresas não confirmaram as alegações.

Israel é acusado de apartheid de saúde por organizações internacionais, como o Human Rights Watch, ao postergar a vacinação de palestinos nos territórios ocupados, apesar de utilizar a pauta como propaganda internacional.

O comércio entre Israel e Bahrein é estimado em torno de US$220 milhões para 2021, sem contar eventuais acordos de turismo e defesa.

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