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Banco Mundial ameaça suspender recursos de vacinação contra o covid no Líbano

O Banco Mundial ameaçou suspender o financiamento da campanha de vacinação contra o covid-19 no Líbano

O Banco Mundial ameaçou suspender o financiamento da campanha de vacinação contra o covid-19 no Líbano em sua segunda semana, após surgirem rumores de que alguns parlamentares foram imunizados, a despeito da fila de prioridades, nesta terça-feira (23).

As informações são da agência Reuters.

Os comentários do Banco Mundial são uma resposta à crescente frustração entre residentes e profissionais de saúde de que a vacinação avança devagar, repleta de violações.

O Líbano recebeu seu primeiro lote de vacinas da Pfizer-BioNTech – cerca de 28 mil doses – no início de fevereiro, com ajuda do Banco Mundial, condicionada a esforços de monitoramento para que a campanha chegue primeiro a quem mais precisa.

Em sua primeira operação referente à compra de vacinas contra o covid-19, o Banco Central disponibilizou US$34 milhões para ajudar o Líbano a lançar seus esforços de imunização.

A instituição financeira, no entanto, alertou contra qualquer tipo de favoritismo ou corporativismo em um país marcado por décadas de desperdício de recursos públicos e corrupção, assolado por um grave colapso financeiro.

Após a imprensa local reportar que alguns parlamentares foram vacinados ontem, o diretor regional do Banco Mundial, Saroj Kumar Jha, reiterou a possibilidade de romper com o plano nacional caso o processo de imunização não seja justo.

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“Se confirmada a violação, o Banco Mundial pode suspender o financiamento das vacinas e da resposta ao covid-19 no Líbano”, advertiu Kumar Jha no Twitter. “Faço um apelo a todos, absolutamente todos, independente de posição, para registrarem-se e aguardarem sua vez”.

O Ministério da Saúde do Líbano tentou atenuar receios de que políticos possam furar a fila, mas não comentou imediatamente sobre a reação do Banco Central.

Dezesseis legisladores e cinco membros de seus gabinetes receberam a vacina contra o covid-19 no Parlamento nesta terça-feira, anunciou Adnan Daher, secretário-geral da legislatura, ao jornal L’Orient Today.

“Nós o vacinamos para não sobrecarregarem os hospitais”, alegou Daher.

O incidente levou ao pedido de renúncia do chefe do comitê de vacinação nacional, Abdel Rahman Bizri, segundo informações da rede the961. Contudo, não houve confirmação oficial de sua exoneração, até então.

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