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Turquia mostra-se preocupada com agitação na Somália devido ao adiamento das eleições

22 de fevereiro de 2021, às 15h13

As forças de segurança tomam medidas no local de uma enorme explosão de carro-bomba que teve como alvo um posto de controle de segurança perto da sede do parlamento somali na capital Mogadíscio, em 13 de fevereiro de 2021. [Sadak Mohamed/Anadolu Agency]

A Turquia ontem expressou preocupação com o aumento da agitação na Somália como resultado do atraso na realização das eleições, que deveriam ser realizadas em 8 de fevereiro.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores afirmou: “Estamos preocupados com os recentes desdobramentos negativos decorrentes da disputa sobre o processo eleitoral na Somália”.

“É importante que todas as partes ajam com bom senso, evitando medidas que possam levar à violência, e que o Governo Federal e os líderes dos Estados-Membros federais se reúnam e tentem resolver as disputas com um diálogo inclusivo e construtivo com base no acordo alcançado em 17 de setembro de 2020”, acrescentou o comunicado.

A Somália está enfrentando uma crise de liderança porque o mandato do presidente terminou e não há um caminho claro para as eleições. Uma aliança de partidos de oposição declarou que não reconhecem mais a autoridade do presidente e prometeu lançar protestos.

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Ontem, o Ministério das Relações Exteriores do país acusou “forças externas” de contribuir para os problemas. Em seguida, culpou um país estrangeiro por fazer “declarações mal informadas e enganosas que desconsideram os fatos e às vezes parecem apoiar a insurreição”, relatou o jornal Independent, em comentários que se acredita terem sido dirigidos aos Emirados Árabes, que criticaram a violência recente no país.

Pelo menos quatro pessoas, incluindo soldados, foram mortas e mais três ficaram feridas em um tiroteio entre militares e membros da oposição perto do palácio presidencial na sexta-feira.

Enquanto isso, instituições estrangeiras, incluindo as Nações Unidas, exortaram a liderança política dividida do país a retomar o diálogo com urgência para que as eleições possam ocorrer o mais rápido possível.