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Netanyahu busca aliança anti-Irã paralela ao governo Biden

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu discursa no Knesset (Parlamento israelense), em Jerusalém, em 22 de dezembro de 2020. [Yonathan Sindel/POOL/AFP via Getty Images]
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu discursa no Knesset (Parlamento israelense), em Jerusalém, em 22 de dezembro de 2020. [Yonathan Sindel/POOL/AFP via Getty Images]

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tem tentado criar uma aliança anti-Irã com os Emirados Árabes Unidos e Bahrein para funcionar paralelamente ao governo Biden, informou o Arabs48.com na quarta-feira. O site citou afirmação do Israel Hayom de que Netanyahu queria usar suas visitas aos dois países para “coordenar posturas relacionadas com a questão iraniana, paralelas à administração dos EUA”.

Na noite de quarta-feira, a mídia israelense anunciou que Netanyahu adiou suas visitas planejadas aos Estados do Golfo devido às novas medidas de bloqueio em Israel, incluindo o fechamento do Aeroporto Ben Gurion.

“Em Israel, eles estão muito preocupados com a provocação iraniana representada pelo aumento da taxa de enriquecimento de urânio, bem como com as mensagens de que o governo Biden está planejando suspender as sanções impostas ao Irã e retornar ao acordo nuclear”, disse o Israel Hayom.

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Enquanto isso, o chefe da agência de espionagem israelense Mossad, Yossi Cohen, deve se reunir com autoridades americanas nas próximas duas semanas. De acordo com Wallah, Cohen ele deve transmitir “informações confidenciais de inteligência” aos americanos relacionadas com o reposicionamento do Irã na Síria e seus planos de realizar ataques no Oriente Médio.

O site de notícias relatou que autoridades israelenses expressaram suas preocupações com o fato de Biden ter renomeado a maioria dos funcionários do ex-presidente Barack Obama, argumentando que eles são políticos e não especialistas em inteligência. “Como tal”, disse Wallah, “Israel teme que esses funcionários levem o presidente a manter sua linha pragmática em relação ao Irã e retornar ao acordo nuclear original”.

Uma das autoridades israelenses disse que muitas coisas foram de mal a pior desde 2015, quando o Plano de Ação Conjunto Global foi assinado com o Irã. “Se eles quisessem ser o terceiro mandato de Obama, isso seria um desafio”, disse o funcionário. “Se Biden quisesse corrigir o que Obama fez em seu primeiro mandato, ele deveria ouvir as pessoas certas.”

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