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Irã rejeita apelo de Macron por novo acordo nuclear

Presidente da França Emmanuel Macron aguarda a chegada do presidente interino do Mali Bah N'daw, em Paris, 27 de janeiro de 2021 [Julien Mattia/Agência Anadolu]
Presidente da França Emmanuel Macron aguarda a chegada do presidente interino do Mali Bah N'daw, em Paris, 27 de janeiro de 2021 [Julien Mattia/Agência Anadolu]

Neste sábado (30), o governo iraniano anunciou seu repúdio aos comentários do Presidente da França Emmanuel Macron sobre a possibilidade de um novo acordo nuclear com Teerã, segundo informações da agência Anadolu.

Saeed Khatibzadeh, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, defendeu o acordo nuclear – também conhecido como Plano de Ação Conjunta Global – como “tratado internacional multilateral embasado pela Resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU”.

“Não é de modo algum renegociável e seus termos são definitivos e imutáveis”, reiterou.

O oficial iraniano exortou Macron a comedir-se e evitar posturas equivocadas e apressadas.

Na sexta-feira (29), Macron alegou que a Arábia Saudita deveria envolver-se nas negociações da retomada do acordo nuclear, assinado em 2015 e revogado unilateralmente pelo então Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, três anos depois.

LEIA: Os EUA devem retornar ao acordo nuclear, cobra Irã

“Caso os oficiais franceses estejam preocupados com a enorme venda de armas aos estados árabes do Golfo, então é melhor que revisem suas políticas”, declarou Khatibzadeh.

“Armas ocidentais não apenas massacraram milhares de iemenitas, como também são a principal razão para a instabilidade no Golfo”, prosseguiu. “Sem suspender o fluxo de armas da França, Reino Unido, Estados Unidos e outros, não podemos esperar paz nesta delicada região”.

Khatibzadeh observou que os Estados Unidos decidiram retirar-se do acordo por conta própria e que a Europa não foi capaz de mantê-lo, em seguida.

Segundo o oficial iraniano, para recuperar o pacto nuclear, os Estados Unidos devem retomar os termos acordados e suspender todas as sanções impostas a Teerã durante o mandato do ex-presidente Donald Trump.

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