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UNRWA ignora sofrimento de refugiados palestinos no Líbano

Menino palestino olha para um campo de refugiados no Líbano em 28 de fevereiro de 2017 [Ratib Al Safadi / Agência Anadolu]
Menino palestino olha para um campo de refugiados no Líbano em 28 de fevereiro de 2017 [Ratib Al Safadi / Agência Anadolu]

Os residentes do campo de refugiados de Al-Jalil Palestina, no Vale do Bekaa, no Líbano, sofrem condições de vida muito difíceis durante todo o ano, mas seu sofrimento dobra durante o inverno devido à grave falta de eletricidade e combustível necessários para mantê-los aquecidos.

A covid-19 também contribuiu para o sofrimento dos refugiados, que já enfrentavam condições econômicas muito difíceis. Este campo de refugiados é o mais miserável entre os 12 campos de refugiados palestinos no Líbano, que abriga 8.250 refugiados em uma área de apenas 0,4 quilômetros.

O campo de refugiados é conectado à eletricidade apenas seis horas por dia para que os refugiados não possam usar aquecedores elétricos durante o inverno, quando a temperatura está abaixo de zero. O combustível, que poderia ser uma alternativa aos aquecedores elétricos, é caro para os refugiados desempregados.

LEIA: Tempestades inundam campos de refugiados na Síria

Em declarações à Quds Press, o secretário da Frente de Libertação da Palestina, Waleed Issa disse: “A maioria dos refugiados são construtores ou têm empregos sazonais. Não trabalham no inverno e não têm rendimentos para pagar as suas necessidades, principalmente combustível, que é muito caro.”

Ele acrescentou que a “covid-19 agravou a situação dos refugiados este ano … já que cinco refugiados morreram até agora entre mais de 100 que contraíram a doença.”

Sua denúncia é de que, “no meio desta dura realidade, a agência das Nações Unidas para os refugiados (UNRWA), que é responsável pelos refugiados, está ausente. Ela não oferece qualquer ajuda para facilitar a vida dos refugiados.”

Ele pediu à UNRWA que declare os campos de refugiados como áreas atingidas por desastre e tome medidas que atendam às necessidades dos refugiados. Ele pediu à UNRWA que providencias para proteção na quarentena e no pós-quarentena.

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