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Ministro tunisiano demitido em caso de lixo importado da Itália é preso

Ministro do Meio Ambiente da Tunísia, Mustapha Laroui faz o juramento de posse durante um mandato de novo governo no Palácio de Cartago, na periferia leste da capital Túnis, em 2 de setembro de 2020. [Fethi Belaid/ AFP via Getty Images]
Ministro do Meio Ambiente da Tunísia, Mustapha Laroui faz o juramento de posse durante um mandato de novo governo no Palácio de Cartago, na periferia leste da capital Túnis, em 2 de setembro de 2020. [Fethi Belaid/ AFP via Getty Images]

Em nota, Badr Al-Din Al-Gammoudi, O  chefe do Comitê de Reforma Administrativa, Boa Governança, Combate à Corrupção e Controle da Gestão de Fundos Públicos, informou  que “o ex-ministro Mustapha Laroui foi preso, enquanto se aguarda investigação sobre o caso da importação de lixo tóxico italiano para a Tunísia. ”

Uma fonte informada revelou que “cinco altos funcionários do Ministério de Assuntos Locais e Meio Ambiente foram presos para serem investigados no mesmo caso”, incluido o próprio ministro Laroui.

No domingo, o primeiro-ministro tunisiano Hichem Mechichi anunciou a demissão de Laroui sem divulgar as razões por trás da decisão.

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Uma breve declaração do governo esclareceu que o Ministro de Equipamentos e Habitação Kamal Al-Doukh foi nomeado Ministro Interino de Assuntos Locais e Meio Ambiente no lugar de Laroui. Em julho passado, as autoridades alfandegárias na cidade costeira de Sousse apreenderam destinatários de lixo tóxico vindos da Itália, que não atendem aos padrões internacionais de importação de resíduos, gerando uma onda de indignação no país.

Em novembro, o Ministério do Ambiente da Tunísia decidiu abrir um inquérito, após a chegada de cerca de 280 conteiners de resíduos provenientes de Itália que não correspondiam ao tipo de resíduos na licença adquirida pela empresa privada de reciclagem que os importou.

Na época, Mugtama informou que uma empresa local assinou um acordo para importar 120.000 toneladas de lixo doméstico da Itália anualmente por 18 bilhões de dinares tunisianos (US$ 6,57 bilhões), o que levou as autoridades judiciais a abrirem um inquérito.

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