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Descubra a antiga Leptis Magna, na Líbia

Leptis Magna foi declarada Patrimônio da Humanidade, em 1982, ao ser considerada uma das mais belas cidades do mundo romano

Abalada pela guerra desde que os protestos populares derrubaram o ditador Muammar Gaddafi, a Líbia não está mais entre os destinos de férias das pessoas. Contudo, esse vasto país é lar de cinco sítios do patrimônio mundial e aventurar-se no portão do Saara possibilita uma viagem a um túnel do tempo para uma das histórias da civilização.

Leptis Magna, Labdah, Líbia, em novembro de 2004. [Foto: Flickr/Slude G.]

Leptis Magna, Labdah, Líbia, em novembro de 2004. [Foto: Flickr/Slude G.]

Um desses locais é a Fenícia, sítio considerado como uma das mais extensas áreas arqueológicas encontradas no Mediterrâneo e que remonta ao início do milênio a.C.

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Localizada a cerca de 100 quilômetros a leste de Trípoli, capital do país, Leptis Magna foi declarada Patrimônio da Humanidade, em 1982, por ter sido considerada uma das mais belas cidades do mundo romano.

Vista do teatro em Leptis Magna, na Líbia. [Foto: Flickr/Rober Glover]

Vista do teatro em Leptis Magna, na Líbia. [Foto: Flickr/Rober Glover]

Há na cidade 30 monumentos importantes, como o Hadrian’s baths (as águas de Hadrian), o fórum, a Several Basílica, o porto, os principais templos, a praça de mercados e um teatro, todos restaurados.

A cidade foi o local de nascimento do imperador romano Septumus Severus, que ascendeu ao poder depois de Commodus e era o filho autoproclamado de Marco Aurélio. Ele ficou conhecido por ter tido grande influência no aumento do salário dos militares romanos.

Severus expandiu sua influência no campo do Direito, no qual introduziu o Consilium ao Império Romano: um conselho de juristas experientes com o propósito de ajudar o imperador a tomar decisões.

Vista de um arco em Leptis Magna, na Líbia. [Foto: Flickr/Rob Glover]

Vista de um arco em Leptis Magna, na Líbia. [Foto: Flickr/Rob Glover]

Olhando do alto das escadas, é possível ver as colunas do teatro alinhando-se às areias mutantes sob as águas ao longo da costa da cidade. Às margens do anfiteatro, será possível imaginar os confrontos ensurdecedores de espadas empunhadas por gladiadores enquanto a multidão rosna ao perdedor. A pouca segurança e os raros limites dão a impressão de que se está livre para vagar, como se fosse um romano, sob o arco de Severus Septimus.

A renovação do anfiteatro de quinze mil lugares foi concluída com centenas de esculturas e mosaicos transferidos do local, em Leptis Magna, para os museus de Trípoli e Lebda (nome árabe para “Leptis”). Além disso, um grande número das 600 colunas de mármore com listras verdes e as 400 colunas de granito vermelho de Aswan no Fórum Severan foram removidas e recolocadas no Castelo de Windsor, na Inglaterra, ou na Igreja de Versalhes e Saint-Germain-de-Pres, em Paris. Muitas das colunas foram afinadas e envernizadas para servirem em salas francesas, uma vez que foram retiradas de seu sítio arqueológico original.

A imagem manchada do país e a lenta resolução dos grandes problemas políticos continuarão a ser cada vez mais um empecilho àqueles que desejam visitar as portas do Saara e todas as suas maravilhas. É assim que a imagem da terra árida conhecida como Líbia continuará a nublar a mente de muitos e a se perder no tempo, assim como suas ruínas romanas.

Vista de Leptis Magna, na Líbia. [Flickr/Carsten tem Brink]

Vista de Leptis Magna, na Líbia. [Flickr/Carsten tem Brink]

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