![Civis carregam um comboio com seus pertences, ao deixar o campo de refugiados de Yarmouk, na Síria, 29 de abril de 2018 [Muhammed Abdullah/Agência Anadolu]](https://i0.wp.com/www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2020/11/20180507_2_30215801_33444801.jpg?resize=1200%2C800&quality=75&strip=all&ssl=1)
Refugiados palestinos começaram a solicitar oficialmente seu retorno ao campo de refugiados de Yarmouk, na Síria, mas já enfrentam graves obstáculos para voltar às suas casas, reportou ontem (15) a agência Quds Press.
Ao regressar, além de encontrar uma infraestrutura de risco, após anos de guerra, os refugiados são solicitados que apresentem alguma prova de propriedade, como histórico de contas de luz, água ou telefone.
O refugiado palestino Abu-Ziyad relatou à Quds Press: “São condições bastante difíceis porque fomos deslocados do campo há nove anos atrás.”
A província de Damasco começou a receber pedidos de retorno dos refugiados na última terça-feira (10), ao solicitar dos requerentes provas de que suas casas estão seguras para o retorno, além de documentos de posse e outros certificados.
Os refugiados palestinos argumentam que é difícil cumprir todas as condições, pois a maioria das casas foi parcial ou completamente destruída durante a guerra e muitos dos documentos oficiais foram danificados.
Contudo, o advogado Noureddine Salman exortou os refugiados a registrarem o pedido de retorno ao campo “imediatamente”, a fim de assegurar seus direitos.
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Segundo as informações da rede Quds Press, Salman fez um apelo para que os refugiados palestinos ignorem eventuais propostas de compra de suas casas, postadas no Facebook e outras redes sociais, ao destacar que “são feitas por oportunistas”.
Tariq Murra, presidente do Sindicato dos Advogados Palestinos na Síria e conselheiro legal da Comissão Geral para os Refugiados Árabe-Palestinos, afirmou à Quds Press que a sua entidade está preparada para emitir cópias das provas de propriedade e outros documentos.
Murra reportou que as redes de água e esgoto em Yarmouk estão funcionando, mas que não há eletricidade devido aos danos causados pela guerra.
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