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Milhares de refugiados poderão ser expulsos de campo na Síria, alerta oficial curdo

Autoridades curdas afirmaram que 15.000 sírios podem ser expulsos do campo superlotado de Al-Hawl, nordeste da Síria, que abriga refugiados e famílias de combatentes do Daesh

Autoridades curdas afirmaram na segunda-feira (5) que 15.000 sírios podem ser expulsos do campo superlotado de Al-Hawl, nordeste da Síria, que abriga refugiados e famílias de combatentes do Daesh (Estado Islâmico).

Combatentes curdos retomaram grande parte da região norte e leste da Síria, antes controlada pelo Daesh, conforme apoio efetivo dos Estados Unidos. Desde então milhares de militantes foram presos; suas esposas e filhos – dezenas de milhares, muitos estrangeiros – passaram a viver em campos na região.

O campo de Al-Hawl abriga quase 65.000 pessoas, incluindo 28.000 sírios, 30.000 iraquianos e cerca de dez mil pessoas de até sessenta nacionalidades, segundo estimativas da ONU.

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“Uma decisão será emitida para evacuar completamente os sírios do campo”, declarou o líder curdo Ilham Ahmed, em vídeo publicado pelo Conselho Democrático da Síria, braço político das tropas curdas na região. “Aqueles que quiserem permanecer no campo não serão mais responsabilidade da administração.”

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) reportou em agosto que oito crianças morreram em Al-Hawl, após registrar grave carência nas necessidades infantis no campo, prejudicada ainda mais por casos de coronavírus entre trabalhadores locais.

Badran Jia Kurd, vice-presidente da autoridade curda que adminsitração a região, afirmou que alguns sírios já deixaram o campo e que o processo deverá ser acelerado. Kurd argumentou sobre a urgência de reduzir a pressão humanitária sobre as instalações, a fim de conter incidentes de segurança cada vez mais frequentes.

A ONU faz vista grossa ao bombardeio em Ghouta Oriental, na Síria [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

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