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Estudiosos muçulmanos condenam assassinato de pescadores pelo exército egípcio

Familiares lamentam a morte de pescadores palestinos após o exército egípcio matá-los a tiros na fronteira de Rafah, em 27 de setembro de 2020 [Monitor do Oriente Médio]
Familiares lamentam a morte de pescadores palestinos após o exército egípcio matá-los a tiros na fronteira de Rafah, em 27 de setembro de 2020 [Monitor do Oriente Médio]

A União Internacional de Estudiosos Muçulmanos (IUMS) condenou ontem a morte de dois pescadores palestinos pelo exército egípcio.

Ali Al-Qaradaghi, secretário-geral da IUMS, afirmou em comunicado: “A União condena veementemente o incidente que decorreu no assassinato dos pescadores Hasan e Mahmoud Al-Zazoua, além de ferir seu irmão Yaser, no Mar de Gaza, por ações do Exército do Egito”.

Al-Qaradaghi explicou que os três pescadores “estavam procurando uma fonte de sustento para ajudar filhos esposas e paisidosos”.

O acadêmico mencionou trechos do Corão (An-Nisa: 93 e Al-Ma’idah: 32), ao destacar: “Derramar o sangue de inocentes e a perda injusta de vidas são grandes pecados, como diz Allah Todo-Poderoso – ‘Para aquele que mata um fiel intencionalmente, a recompensa é o inferno, onde permanecerá eternamente, e Allah zangou-se e o amaldiçoou e preparou para ele um grande castigo’ e também ‘aquele que mata uma alma senão por uma alma ou pela corrupção na terra, é como se tivesse matado toda a humanidade’.”

Al-Qaradaghi exortou as autoridades egípcias a “agilizarem a investigação sobre o incidente, a fim de evitar que crimes desse tipo voltem a acontecer, e garantir que os assassinos sejam responsabilizados”. Também ofereceu condolências às famílias.

A Marinha do Egito executou a tiros dois pescadores palestinos de Gaza, além de ferir e prender um terceiro, na sexta-feira (25), ao alegar que as vítimas teriam atravessado águas territoriais egípcias.

LEIA: Apresentador egípcio pró-Sisi comemora assassinato de dois pescadores de Gaza

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