Despenca número de licenças de construção concedidas a palestinos por Israel

Palestino ŕ forçado a demolir sua própria casa para evitar o pagamento à ocupação para fazê-lo [Agência de Notícias Ma'an]

O número de alvarás de construção que Israel concedeu aos palestinos nos territórios ocupados diminuiu 45% no segundo trimestre de 2020. A informação é do Bureau Central de Estatísticas da Palestina e foi divulgada pela agência de notícias Wafa.

De acordo com o levantamento, um total de 1.217 licenças de construção foram emitidas nos territórios palestinos ocupados (OPT) no segundo trimestre de 2019, incluindo 813 para novos edifícios, o que mostra uma redução de 45% no número de permissões concedidas aos palestinos, em comparação com o primeiro trimestre do ano.

Os palestinos quase não conseguem licenças de construção solicitadas às autoridades de ocupação israelenses, o que é ainda pior em Jerusalém Oriental ocupada.

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Os palestinos afirmam que o verdadeiro propósito do regime de planejamento restritivo aplicado pelas autoridades israelenses é esvaziar a cidade de seus habitantes palestinos.

O Escritório da ONU para Assuntos Humanitários (OCHA) observou em um relatório de abril de 2019 que em Jerusalém Oriental “um regime de planejamento restritivo aplicado por Israel torna virtualmente impossível para os palestinos obterem licenças de construção”.

As licenças de construção são cobradas a preços exorbitantes e são inacessíveis para a maioria dos palestinos, criando uma brecha legal para Israel anexar mais terras e deixar os palestinos no limbo, impedindo-os de desenvolver infraestrutura.

As últimas demolições na Jerusalém Oriental  ocupada elevaram o número total de estruturas palestinas destruídas este ano para 118: “Metade delas foram realizadas pelos proprietários”, relatou a  OCHA.

As políticas de demolições de casas, amplamente praticadas por Israel , visando famílias inteiras, são atos de punição coletiva ilegal e violam diretamente o tratado internacional dos direitos humanos.

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