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Soldados israelenses são investigados por plantar explosivos em aldeia palestina

Soldados israelenses da Brigada de Infantaria Nahal [Jack Guez/AFP/Getty Images]
Soldados israelenses da Brigada de Infantaria Nahal [Jack Guez/AFP/Getty Images]

A polícia militar de Israel lançou uma investigação sobre soldados que plantaram explosivos em Qaddum, aldeia palestina na Cisjordânia ocupada, em agosto último.

As informações são do jornal israelense Haaretz.

O inquérito foi aberto após reportagem do Haaretz, publicada na última semana, de que soldados da ocupação sionista plantaram ao menos três dispositivos explosivos ao longo de uma estrada de acesso à aldeia palestina, perto de uma área residencial.

Os soldados da chamada Brigada de Infantaria Nahal entraram em Qaddum pouco depois da meia-noite, há duas semanas, para instalar os aparatos explosivos no local, armados e prontos para detonar assim que tocados. Os explosivos foram escondidos com pedras, tecidos e caixas de armamentos.

Um menino de sete anos de idade que caminhava pela aldeia avistou o dispositivo coberto com uma caixa laranja. A bomba detonou quando um residente – Waseem Shtaiwi, parente do menino – levantou a caixa. A criança correu para pedir socorro à família.

Um paramédico local reportou que os ferimentos foram causados por um estilhaço. A caixa que explodiu parecia ser do tipo utilizada pelo exército para armazenar granadas de efeito moral.

Hoje (2), o Haaretz relatou que o exército israelense confirmou a abertura de um inquérito sobre o caso. Contudo, as descobertas serão encaminhadas ao advogado geral do exército para revisão.

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Desde 2011, residentes de Qaddum realizam manifestações semanais contra o fechamento da principal estrada de acesso à aldeia, que leva a Nablus. A via foi fechada devido à expansão do assentamento ilegal próximo de Kedumim.

Qaddum representa hoje a única aldeia da Cisjordânia a manter protestos semanais contra a ocupação. Em junho, um relatório da ONU revelou que Israel feriu 25 palestinos, incluindo nove crianças, na aldeia. Os residentes protestam contra restrições discriminatórias ao direito de ir e vir e contra a expansão dos assentamentos ilegais.

Ainda em junho, forças da ocupação também feriram três fotógrafos palestinos que cobriam os eventos no local.

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